1.ª Semana do Advento:
Dar força à esperança!
A esperança vive da oração: «A oração é a primeira força da esperança. Reza-se e a esperança cresce, aumenta. Diria que a oração abre a porta à esperança. Há esperança, mas com a minha prece abro a porta» (Audiência Geral, 20 de maio 2020). A oração é escola, lugar de aprendizagem e de exercício da esperança (Bento XVI, Spe salvi, 32-34). Abramos o coração à espera vigilante do Senhor Jesus, que vem e nos enche desde já de uma esperança sólida e luminosa.
Peregrinos de esperança: Os que velam junto do Senhor. Os que velam junto dos mais frágeis.
Vigiar significa antes de mais estar acordado, estar desperto, estar levantado. A imagem mais imediata é a de quem não se deixa surpreender pelo sono quando o perigo ameaça, ou um facto extraordinário e emocionante está para acontecer. Vigiar significa olhar com amor para alguém, guardar com todo o cuidado qualquer coisa preciosa. Pensamos nos religiosos, de vida contemplativa, para quem vigiar é esperar no Senhor. Pensamos igualmente em tantos que, nos serviços de vigilância e de segurança, de cuidados de saúde, estão de “vigia”. “Vela a esposa que espera pelo marido, a sentinela que perscruta no coração da noite, vela a enfermeira junto do doente, vela o monge durante a oração noturna, vela a sociedade que capta os sinais de perigo e os sinais dos tempos” (Cardeal C.M. Martini). Vela a Igreja, na memória viva da última vinda e na ditosa expetativa da última vinda do Senhor, clamando «Vem, Senhor Jesus» (Ap 2,20).
Oferecer sinais de esperança
- Fazer uma peregrinação a um mosteiro e participar na oração. Visitar e apoiar uma comunidade religiosa. A oração nos mosteiros de clausura é a lâmpada acesa do coração.
- Visitar, em casa ou em instituições, os irmãos e irmãs que se encontrem em necessidade ou dificuldade (doentes, presos, idosos em solidão, pessoas com alguma deficiência…), como que fazendo uma peregrinação em direção a Cristo neles presente (cf. Mt 25, 34-36). Recordemos que o sofrimento é um lugar de aprendizagem da esperança (cf. Bento XVI, Spe salvi, 37-40).
- Ter um gesto de gratidão e apoio aos cuidadores (formais e informais).
Viver o Ano da Oração na preparação do Jubileu
“Para vós, Senhor, elevo a minha alma”, reza o salmista. A oração deve ser para o cristão o respiro da vida, a chave que abre o dia e o ferrolho que fecha a noite. De “olhos altos, mãos juntas e pés descalços” podemos rezar o Salmo 24 (25) que escutámos na Eucaristia. Ou podemos rezar todos os dias a oração da manhã e a oração da noite.
Oração da manhã
Eu adoro-Te, meu Deus,
e amo-Te de todo o meu coração.
Dou-Te graças por me teres criado,
feito cristão e conservado nesta noite.
Ofereço-Te as ações deste dia;
fazei com que sejam todas
segundo a Tua santa Vontade,
para a Tua maior glória.
Preserva-me do pecado e de todo o mal.
A Tua Graça esteja sempre comigo
e com todos os que me são queridos.
Ámen.
Oração da noite
Eu adoro-Te, meu Deus,
e amo-Te com todo o meu coração.
Dou-Te graças por me teres criado,
feito cristão e conservado neste dia.
Perdoa-me as faltas que hoje cometi
e, se algum bem fiz, aceita-o.
Guarda-me durante o repouso
e livra-me dos perigos.
A Tua graça esteja sempre comigo
e com todos os que me são queridos.
Ámen.