Intenções do Papa para o mês de Agosto

Intenção Pelos pequenos e médios empreendedores Para que os pequenos e médios empreendedores, atingidos fortemente pela crise económica e social, encontrem os meios necessários para prosseguir com a própria atividade, ao serviço das comunidades onde vivem. Desafios Ajudar o mais pequeno – Adquirir o necessário para o dia a dia, optando pela compra e prestação de serviços a produtores locais e pequenos empresários. Trabalhar com empenho – Fazer bem e com dedicação o próprio trabalho e ajudar os outros que trabalham comigo naquilo que precisam, colaborando no bom ambiente entre todos. Colaborar com outros – Aproximar-se dos pequenos empresários e empreendedores da própria zona, para conhecer a sua situação, acompanhá-los e encontrar caminhos de ajuda.

XVIII Domingo do Tempo Comum

A Palavra de Deus do XVIII Domingo do Tempo Comum questiona-nos acerca da atitude que assumimos face aos bens deste mundo. Sugere que eles não podem ser os deuses que dirigem a nossa vida; e convida-nos a descobrir e a amar esses outros bens que dão verdadeiro sentido à nossa existência e que nos garantem a vida em plenitude. I LEITURA (Ecl 1,2; 2,21-23) Na primeira leitura, temos uma reflexão do “qohélet” sobre o sem sentido de uma vida voltada para o acumular bens… Embora a reflexão do “qohélet” não vá mais além, ela constitui um patamar para partirmos à descoberta de Deus e dos seus valores e para encontramos aí o sentido último da nossa existência. II LEITURA (Cl 3,1-5.9-11) A segunda leitura convida-nos à identificação com Cristo: isso significa deixarmos os “deuses” que nos escravizam e renascermos continuamente, até que em nós se manifeste o Homem Novo, que é “imagem de Deus”. EVANGELHO (Lc 12,13-21) No Evangelho, através da “parábola do rico insensato”, Jesus denuncia a falência de uma vida voltada apenas para os bens materiais: o homem que assim procede é um “louco”, que esqueceu aquilo que, verdadeiramente, dá sentido à existência. (in Dehonianos) XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Afastados – II

Voltemos a Barron, a tal «autoridade» no tema de aproximação dos afastados da fé. Já se falou de duas das cinco vias que ele propõe: a da solidariedade comprometente e a da beleza testemunhante. Agora, refiram-se as outras três. A pedagogia de Jesus assentava no fazer «caminhada» com cada uma das pessoas e apontar-lhes horizontes esclarecedores. Pensemos na samaritana, em Nicodemos, Zaqueu, nos discípulos de Emaús, etc. Escutou questões semelhantes às colocadas na nossa época: Deus existe?; como conciliar o mal com um Deus bom?; no meio de tantas religiões, qual a verdadeira?; etc. Não deu respostas racionais. Mas entrou no coração de cada um para o ajudar a encontrar as razões. Não bastam, portanto, as pregações quaresmais para toda a Paróquia ou o sermão do padroeiro. Impõe-se a via «sinodal»: o fazer caminhada com cada um. Depois, a fé é missionária. O que supõe uma mudança de paradigma: antes, eramos chamados a «entrar» na igreja para o «cumprimento» das obrigações inerentes à fé; agora somos convidados a isso, mas também a sair, a ir para o mundo ao encontro dos familiares, amigos e outros, em atitude missionária. Antes, tudo se cumpria, cumprindo a Missa; hoje, a Missa é o primeiro momento do “Ite missa est” (Ide, envio-vos em missão). E há ainda a via do uso criativo dos meios de comunicação modernos. Jesus, que não tinha internet, não usou as redes sociais. Mas mandou-nos “pregar sobre os telhados” e, aos Apóstolos, ir “por todo o mundo”. Hoje, um pequeno vídeo com qualidade e leveza, reduzidos textos assertivos e «provocantes», normalmente muito reenviados, podem ser fator de busca para inúmeras pessoas. Para isso, como alguém dizia, temos de passar da “galáxia de Gutenberg” (livros, jornais, impressos…) aos canais onde as pessoas estão. Doutra forma, «falamos para o boneco». Como alguém perguntava, e onde está o contacto tu-a-tu com Jesus Cristo? Esta é a pergunta fundamental. Mas a resposta é simples: tudo isto são «vias», preâmbulos, iniciação a esse contacto transformante. Porque não é possível desligar Deus da Igreja e das igrejas. Hoje, não é provável encontrar Deus pela via da “fuga mundi”, pela ida para o deserto. O nosso Deus é citadino: ou O encontramos no seu povo, na “vita in mundo”, ou perdemo-l’O.

Viver com um bom avô pode decidir sobre uma vida

Sempre soubemos que os avós eram ‘bons’. Que sejam ‘importantes’ é uma verdade que adquire, ano após ano, cada vez mais profundidade. “Viver com um bom avô pode decidir sobre uma vida”, argumenta fortemente o psiquiatra Fulvio Scaparro. Ainda mais decisiva é a psicoterapeuta Maria Rita Parsi: «Os avós desempenham um papel crucial para os mais pequenos. Eles são o salva-vidas para se agarrar; representam um ponto de referência”. E conclui: «Os avós são os dinossauros do coração. Mesmo os mais severos mostram um nível mais alto de tolerância, especialmente em momentos difíceis ». Em suma, os avós são um recurso vital! Por que razão? Na nossa opinião por duas razões que parecem realmente granito. Os avós são importantes porque salvam a infância. Os avós são importantes porque mostram ao vivo a imagem do adulto, Avós: a infância salva. Que problema nascer pequeno O nosso pediatra mais famoso do século passado, Marcello Bernardi (1922-2001) deu repetidamente o alarme: «Hoje nada, ou quase nada, é feito à medida para as crianças!». Hoje os pequenos são espremidos, obrigados a passar os dias entre estudo e piscina, natação e aulas de violino, academias e cursos de informática… Hoje os pequenos estão atordoados. Atordoado por mensagens além de seus meios. Hoje os pequenos estão desencantados, sem espanto, sem pontos de exclamação. Tudo parece óbvio para eles. Alguns psicólogos chegaram a dizer que “as crianças nascem velhas hoje”. Hoje, as crianças são digitalizadas. Não sabem amarrar os sapatos, mas comandam o computador. Em suma, é a morte da infância, a morte da criança. Mas, graças a Deus, há avós que permitem aos netos ‘ser’ (não ‘ficar’!) Crianças. Salvar a infância é uma contribuição de valor extraordinário para a criança de hoje e para o homem de amanhã! Hoje não há psicólogo, não há pedagogo que não exalte a importância fundamental da primeira e da segunda infância. A infância desequilibrada é a vida desequilibrada! É um princípio que não é discutido. Bruno Bettelheim, o grande psiquiatra austríaco chegou a dizer: “Dê-me os primeiros seis anos e fique com todos os outros!” Pois bem, os primeiros anos de vida dos pequenos, principalmente hoje. Passam-nas com os avós, cujo potencial educativo não tem menos valor que o da mãe e do pai. E assim temos a prova do primeiro ponto a favor dos avós. Avós: imagem de um homem adulto A segunda razão que comprova a importância estratégica dos avós na sociedade atual é, como dissemos, o fato de hoje são sobretudo os avós que mostram a imagem do homem adulto, isto é, do homem feito. Este, aliás, é o significado do termo ‘adulto’ (do latim adolescere, crescer. Se o ‘adolescente’ está crescendo, o adulto está ‘crescido’. Também o de ser uma imagem visual do adulto que é que nos é oferecido ao vivo pelos avós é uma prova clara e indiscutível da sua importância na sociedade atual. Chegamos a fatos como o de Castronno (Varese). Na manhã de 10 de agosto de 2020, as filhas (12 e 6 anos) de professor e artesão, descem para a sala e se deparam com uma cena horrível: a mãe e o pai moribundos, deitados no sofá! Eles tomaram um coquetel exagerado de drogas e álcool. Desnorteadas, as meninas chamam emergência no 118. A cena que se apresenta aos socorristas é terrível. A mãe de 48 anos morre imediatamente; o pai de 45 anos morre no dia seguinte no hospital de Varese. Crianças que ajudam pais viciados em drogas! Estamos no último recurso! Não pode ser de outra forma. Quando os quarenta não atingem a idade adulta, a catástrofe é óbvia. De fato, se falta o adulto, falta o falsificador do Homem. Em outras palavras: se as crianças estão mancando, é porque os adultos não conseguem ficar de pé.O homem cresce apenas na sombra do homem! Quem vê apenas bonsai, nunca se tornará sequoia (as plantas mais altas da Terra). Aqui os avós entram em cena. Os avós mostrando o marmanjo ao vivo! Já adultos, os avós tornam-se homens-farol, indispensáveis ​​para resolver a tão falada ’emergência educativa’. Como homens crescidos, os avós tornam-se a crônica branca da Humanidade, os antivírus mais eficazes contra o nanismo antropológico que mina nossa humanização. Sim, porque os avós podem acordar! A pedagogia foi impressa em papel milhares de vezes, em milhões de exemplares. Você pode encontrá-lo em todos os idiomas. No entanto, a humanidade ainda está parada. O que você está esperando? Espere homens de sucesso, espere pelos avós que querem voar alto! Neste ponto, a conclusão do todo é lógica. Antes mesmo de dizer ‘Obrigado!’ aos avós, queremos dizer-lhes: «Não vá embora, fique». Um valioso psiquiatra, Vittorino Andreoli, teve a coragem de ser completamente sincero: «Se hoje neste mundo louco ainda há fragmentos de sabedoria, é por causa dos avós! “. Dizemos: os trabalhadores transformam o mundo. Poetas cantam . Os avós evitam que se estilhace. “Avós, não vão embora . ” Seu perfume indica o caminho seguro para quem nasceu homem, decide se tornar humano. (Pino Pellegrino in Avvenire)

XVII Domingo do Tempo Comum

A Palavra de Deus do XVII Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre a   importância da oração e ensina-nos a maneira como devemos realizar esta acção fundamental da vida cristã. I LEITURA (Gn 18,20-32) A primeira leitura apresenta-nos o diálogo entre Abraão e Deus, a propósito da destruição de Sodoma. No seu diálogo com Deus, Abraão, como quem conversa com um amigo, apresenta a Deus as suas inquietações perante a possibilidade de os justos perecerem por causa dos pecadores.  De maneira simples, ousada e irreverente, mas com respeito, confiança e esperança, Abraão apresenta a sua oração de intercessão diante de Deus e apela à sua misericórdia. A oração de Abraão é o exemplo de como devem orar todos os crentes. Um diálogo espontâneo e sincero, pelo qual nos colocamos diante de Deus e expomos tudo aquilo que é passível de ser uma barreira que nos impede de O escutar, de ter um verdadeiro diálogo. II LEITURA (Cl 2,12-14) A segunda leitura continua a proporcionar-nos uma reflexão sobre os desafios pastorais que enfrenta a comunidade de Colossos, os quais são muito iguais aos das comunidades actuais. Pelo Baptismo, os crentes aderem a Jesus Cristo e identificam-se com Ele, sendo sepultados para o pecado e nascidos para uma vida nova. Quem abraçou a fé em Cristo não necessita de recorrer a mais nada para ter acesso à salvação. Basta Cristo para encontrarmos a vida em plenitude. Por isso, Paulo exorta os Colossenses e os cristãos de todos os tempos a manterem-se discípulos fiéis de Jesus Cristo e a deixarem que a vida nova recebida no Baptismo produza frutos abundantes. EVANGELHO (Lc 11,1-13) No seu Evangelho, Lucas dá muita importância aos momentos de oração de Jesus. Em Lucas, Jesus é apresentado várias vezes a rezar, sobretudo antes de tomar decisões importantes. Jesus procurava no diálogo com o Pai encontrar a melhor forma de fazer a sua vontade. Numa das vezes em que Jesus orava, os discípulos, depois de verificarem que a oração de Jesus era feita de modo intenso e em completa intimidade com o Pai, pediram-lhe para que os ensinasse a orar. E Jesus ensina-lhes a oração do Pai-Nosso, uma versão ligeiramente diferente da que usamos habitualmente. Na realidade, a Igreja escolheu a versão de Mateus, uma versão que, apesar de coincidir no essencial, é mais longa do que a Lucas. (Mateus tem sete petições e Lucas apenas cinco) Sabemos que Jesus orava frequentemente e, como seus seguidores, reconhecemos a importância da oração, porém, há ainda muitas vezes que não sabemos como rezar. Por isso, é importante que também nós, a exemplo dos discípulos, devemos ter a humildade de pedir: “Senhor, ensina-nos a orar, como João Baptista ensinou também os seus discípulos”. Depois de ter ensinado o Pai-Nosso Jesus recomenda aos seus discípulos: “Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á”. Esta recomendação pode levantar algumas dúvidas sobre a necessidade de apresentar a Deus os nossos pedidos. Por que devemos pedir? Não sabe já Deus aquilo que necessitamos? Santo Agostinho responde assim a estas interrogações: “apresentai a Deus os vossos pedidos, não quer dizer que os apresentemos para que Deus os conheça, pois Ele conhece-os perfeitamente muito antes de os formularmos, mas para que os conheçamos nós mesmos com perseverança diante de Deus e não com ostentação diante dos homens”. Que a nossa reflexão nos ajude a descobrir que a oração é um dos elementos essenciais da vida cristã. É através dela que estabelecemos o diálogo com o nosso Pai e abrimos os nossos corações para fazer a Sua vontade. Ela dá-nos força para manter a fé, dá-nos ânimo para ultrapassar as dificuldades causadas pelas nossas infidelidades a Deus e dá-nos a luz para ver o caminho que devemos trilhar para alcançar a salvação. Jesus ensina-nos a orar e a ser perseverantes na oração. E a oração ajuda-nos a manter viva a nossa fé. Como também diz Santo Agostinho, “Creiamos para orar e para que não desfaleça a fé com que oramos, oremos. A fé faz brotar a oração. E a oração, enquanto brota, alcança a firmeza da fé”. XVII DOMINGO DO TEMPO COMUM