Santa Maria, Mãe de Deus

Com a celebração da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, a festa Mariana mais antiga que se conhece no Ocidente, termina o período da oitava de Natal, mas o Tempo de Natal continua até ao domingo em que se celebra o Baptismo do Senhor. A Palavra de Deus desta solenidade centra-se evidentemente em Maria, Mãe de Deus e que se tornou também nossa Mãe. Ao aceitar incondicionalmente ser a mãe de Jesus, o que fez com que Deus viesse ao mundo e habitasse no meio de nós, Maria desempenhou um papel singular na História da Salvação. Desde a Anunciação do anjo até ao momento em que, aos pés da cruz, assistiu ao último sofrimento de seu Filho, Maria viveu todos os acontecimentos com uma fé sólida e sem perder a plena confiança em Deus, sendo, por isso, um exemplo de fé,  humildade e de disponibilidade para satisfazer a vontade de Deus. Maria continua a desempenhar a sua função maternal no céu. “De facto, depois de elevada ao céu, não abandonou esta missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada. Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira. Mas isto entende-se de maneira que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do único mediador, que é Cristo (Lumen Gentium 62). Com a profunda convicção de que Maria, nossa Mãe, tem amor maternal e solicitude por todos os seus filhos, vamos dirigir-lhe, hoje e todos os dias, as nossas preces, pedindo a sua intercessão para termos sempre a vontade e a força para aceitar, sem quaisquer objecções, os planos que Deus tem para cada um de nós. SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

Dia Mundial da Paz

“Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a Vossa Paz” é o tema da mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz, que será celebrado amanhã, dia 1 de Janeiro de 2025. Com o sentido de fomentar a reflexão sobre a forma como todos podem contribuir para a paz no mundo, o Papa Francisco começa por recordar que o Ano da Graça que vamos viver com a abertura do Jubileu é um acontecimento que impele a procurar a justiça libertadora em toda a terra. “Cada um de nós deve sentir-se, de alguma forma, responsável pela devastação a que a nossa casa comum está sujeita, a começar pelas ações que, mesmo indiretamente, alimentam os conflitos que assolam a humanidade.”. Há imensas situações preocupantes que, directa ou indirectamente contribuem para o estado actual do nosso planeta:  as desigualdades de todos os tipos, o tratamento desumano dispensado aos migrantes, a degradação ambiental, a confusão gerada intencionalmente pela desinformação, a rejeição a qualquer tipo de diálogo e o financiamento ostensivo da indústria militar. O Papa refere ainda que o ano jubilar “convida-nos a empreender várias mudanças para enfrentar a atual condição de injustiça e desigualdade, recordando-nos que os bens da terra não se destinam apenas a alguns privilegiados, mas a todos”. Seguindo na perspectiva de mudança, o Pontífice afirma que o Ano Jubilar poderá reabrir o caminho da esperança para cada um. “A esperança nasce da experiência da misericórdia de Deus, que é sempre ilimitada”. O Papa também propõe três acções que se destinam a devolver a dignidade à vida das pessoas e a colocá-las no caminho da esperança. A primeira delas, retomando o apelo de São João Paulo II no Jubileu do ano 2000, é a redução ou mesmo o perdão total da dívida internacional que pesa sobre muitas nações. Depois, a promoção do respeito pela dignidade da vida humana, desde a concepção até o término natural. Aqui o Papa reitera o pedido pelo fim da pena de morte em todas as nações. E, por fim, o apelo para que se use pelo menos uma parte fixa do dinheiro gasto em armamento para a criação de um fundo mundial que elimine a fome e facilite a realização de atividades educativas nos países mais pobres. Por fim, o Papa Francisco deseja “que 2025 seja um ano em que a paz cresça! Aquela paz verdadeira e duradoura, que não se detém nas querelas dos contratos ou nas mesas dos compromissos humanos [22]. Procuremos a verdadeira paz, que é dada por Deus a um coração desarmado: um coração que não se esforça por calcular o que é meu e o que é teu; um coração que dissolve o egoísmo para se dispor a ir ao encontro dos outros; um coração que não hesita em reconhecer-se devedor de Deus e que, por isso, está pronto para perdoar as dívidas que oprimem o próximo; um coração que supera o desânimo em relação ao futuro com a esperança de que cada pessoa é um bem para este mundo”

No presépio entre paz, pobreza e rejeição está o verdadeiro sabor do Natal

Nestes dias em que a Igreja vive o tempo litúrgico do Natal, o presépio é o sinal por excelência, como definiu o Papa Francisco em sua carta apostólica Admirable signum de 2019, na qual reflete sobre seu significado e valor. Nesta segunda-feira, 30 de dezembro, com uma postagem no X, em sua conta @Pontifex, o Papa Francisco faz o seguinte convite: Paremos para contemplar o presépio, o nascimento de Jesus: a luz e a paz, a pobreza e a rejeição. Entremos no verdadeiro Natal com os pastores, levemos a Jesus o que somos. Assim, em Jesus, saborearemos o verdadeiro espírito do Natal: a beleza de ser amados por Deus. Sentir-se envolvido na história da salvação O presépio “é como um Evangelho vivo, que transborda das páginas da Sagrada Escritura”, escreve Francisco na Admirable signum, e ao contemplá-lo “somos convidados a nos colocar espiritualmente a caminho, atraídos pela humildade d’Aquele que se fez homem para encontrar cada homem”. O presépio, que foi “inventado” por São Francisco em Greccio, em 1223, durante o período de Natal encontra lugar nas casas, nas igrejas, nas ruas, “ajuda a reviver a história que foi vivida em Belém” e, com suas estatuetas, os diferentes cenários, paisagens e personagens que o povoam, “nos convida a nos sentirmos envolvidos na história da salvação, contemporâneos do evento que é vivo e atual nos mais diversos contextos históricos e culturais“ e também ‘a ’sentir‘, a ’tocar’ a pobreza que o Filho de Deus escolheu para si em sua encarnação”, acrescenta o Papa. Na representação sagrada, há um chamado implícito para seguir Cristo “no caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que da manjedoura de Belém leva à Cruz”, observa Francisco, “um chamado a encontrá-lo e servi-lo com misericórdia em nossos irmãos e irmãs necessitados”. Reunir-se diante do presépio Tudo no presépio tem seu significado, especifica o Papa na Carta Apostólica, como o céu estrelado, por exemplo, uma recordação da noite que às vezes “circunda a nossa vida”, mas onde Deus se faz presente, as “ruínas de casas” e edifícios antigos, “um sinal visível da humanidade decadente, de tudo o que está em ruínas, que está corrompido e entristecido”, mas que Jesus ‘veio para curar e reconstruir’, ou os pobres e os mendigos que nos lembram ‘que Deus se torna homem para aqueles que mais precisam de seu amor e pedem sua proximidade’. Então o presépio é um “lugar” de recordação, um lugar para se reunir, refletir, meditar. Como Francisco indicou em 21 de dezembro aos funcionários do Vaticano, dirigindo-se a eles com suas saudações de Natal, exortando-os a “encontrar alguns momentos em que” se reunir, “juntos, em torno do presépio, para agradecer a Deus por seus dons, para pedir-lhe ajuda para o futuro”. Reunir-se em torno do presépio também é uma oportunidade para renovar o “carinho de cada um diante do Menino Jesus”. (Vatican news)

Viver a Palavra

Evangelho de João 1,1-18 No princípio era a Palavra. O mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não quis reconhecê-la: veio para o que era seu, mas os seus não a receberam. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? O mundo rejeita a Deus que o criou. Mas quem é de Deus não abre mão de estar com ele. Mantenha o foco de sua vida em Deus. Empenhe-se em amar os irmãos e ajudá-los em suas dificuldades. O mundo divulga o ódio, mas Deus é amor. No mundo há muitos conflitos: 56 no momento, mas Deus é paz! O mundo está envolto em trevas, mas Deus é luz. Que o Evangelho que nos acompanhou durante esse ano, seja luz também para você hoje, pois Jesus trouxe a luz ao mundo. Feliz ano Novo! Palavras do Santo Padre No princípio: estas são as primeiras palavras da Bíblia, as mesmas com as quais começa a narração da criação: «No princípio, Deus criou o céu e a terra» (Gn 1, 1). Hoje o Evangelho diz que Aquele que contemplamos no seu Natal, como menino, Jesus, já existia antes: antes do início das coisas, antes do universo, antes de tudo. Ele existe antes do espaço e do tempo. «Nele havia vida» (Jo 1, 4) antes que a vida surgisse. São João chama-Lhe Verbo, ou seja, Palavra. O que nos quer dizer com isto? A palavra serve para comunicar: não se fala sozinho, fala-se com alguém. […] Agora, o fato de que Jesus seja desde o princípio a Palavra significa que desde o início Deus quer comunicar conosco, quer falar conosco. O Filho unigênito do Pai (v. 14) quer comunicar-nos a beleza de sermos filhos de Deus; ele é «a verdadeira luz» (v. 9) e quer afastar-nos das trevas do mal; ele é «a vida» (v. 4), que conhece as nossas vidas e quer dizer-nos que as ama desde sempre. Ele ama-nos a todos. Eis a maravilhosa mensagem de hoje: Jesus é a Palavra, a Palavra eterna de Deus, que desde sempre pensa em nós e deseja comunicar conosco. E para o fazer, foi além das palavras. […] Fez-se carne e não voltou atrás. Ele não assumiu a nossa humanidade como a roupa que se veste e se despe. Não, ele nunca mais se separou da nossa carne. E nunca se separará: agora e para sempre Ele está no céu com o seu corpo de carne humana. Ele uniu-se para sempre à nossa humanidade, poderíamos dizer que se “casou” com ela. (Angelus de 3 de janeiro de 2021)

Eucaristias no dia de Ano Novo

Na próxima Quarta-Feira, dia de Ano Novo, as Eucaristias serão no mesmo horário de Domingo, ou seja, 10H00, 12H00 e 18H30.  Na proxíma Terça-Feira, dia 31, não haverá a habitual Eucaristia das 19H30.