Escola da Fé

Na próxima Terça-Feira, dia 5, às 21H30, realiza-se a habitual sessão mensal da Escola da Fé. Como o próximo ano será marcado pela celebração de um Ano Santo, um acontecimento de grande relevância para a Igreja Católica e de significado profundo para os católicos, a sessão deste mês terá como tema “O Jubileu Ordinário de 2025”.  Recordamos que a Escola da Fé é aberta a todos aqueles que desejem participar.  

“A fonte de tudo é o amor, nunca separe Deus do homem”

“Todos nós – e sabemos isso – precisamos voltar ao coração da vida e da fé, porque o coração é “a fonte e a raiz de todas as outras forças, de todas as outras convicções E Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor, que nunca devemos separar Deus do homem”. Foi o que disse o Papa Francisco aos fiéis e peregrinos reunidos na grande Praça São Pedro na alocução que precedeu o Angelus deste domingo, 03 de novembro. O Evangelho da liturgia de hoje – destacou o Santo Padre -, nos conta sobre uma das muitas discussões que Jesus teve no templo de Jerusalém. Um dos escribas se aproxima e o questiona: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?”. Jesus responde juntando duas palavras fundamentais da lei mosaica: “Amarás o Senhor teu Deus” e “amarás o teu próximo”. “Amarás o Senhor, teu Deus” e ‘amarás o teu próximo’. Com sua pergunta – continuou o Papa – o escriba busca “o primeiro” dos mandamentos, ou seja, um princípio que sustenta todos os mandamentos; os judeus tinham tantos preceitos, que buscavam a base de todos eles, um que fosse o fundamental, que colocasse de acordo sobre o fundamental, e havia discussões entre eles, boas discussões porque buscavam a verdade. O Papa Francisco destacou então que essa pergunta também é essencial para nós, para nossas vidas e para o caminho de nossa fé. “Também nós, às vezes, nos sentimos dispersos em tantas coisas e nos perguntamos: mas, afinal, qual é a coisa mais importante de todas? Onde posso encontrar o centro da minha vida, da minha fé? E Jesus nos dá a resposta, combinando esses dois mandamentos que são os principais: “Amarás o Senhor teu Deus” e “amarás o teu próximo”. E esse é um pouco o coração da nossa fé”. Jesus nos diz que a fonte de tudo é o amor, que nunca devemos separar Deus do homem. “Ao discípulo de todas as épocas, o Senhor diz: no seu caminho, o que conta não são as práticas exteriores, como holocaustos e sacrifícios, mas a disposição de coração com a qual você se abre a Deus e a seus irmãos no amor”. O Santo Padre reafirmou que podemos fazer muitas coisas, de fato, mas fazê-las somente para nós mesmos e sem amor é errado, fazê-las com o coração distraído ou com o coração fechado é errado. Muitas coisas devem ser feitas com amor. O Senhor virá e, antes de tudo, nos perguntará: “Como você tem amado?”, disse o Papa, acrescentando: é importante fixar em nosso coração o mandamento mais importante. Qual é ele? Amar o Senhor, teu Deus, e amar o próximo como a si mesmo. E todos os dias façamos nosso exame de consciência e nos perguntemos: o amor a Deus e ao próximo é o centro de minha vida? Minha oração a Deus me impulsiona a ir ao encontro de meus irmãos e amá-los gratuitamente? Reconheço a presença do Senhor no rosto dos outros?

Viver para Sempre?

Viver para Sempre?  Se calhar não! Muito se tem falado sobre prolongar a vida e ambas temos pensado muito sobre o avançar da idade daqueles que nos são mais próximos. Queremos que eles vivam muito, mas também queremos que vivam bem e sintam que a vida faz sentido e que a sua presença continua a ser VIDA para nós. Admiro a ternura e dedicação daqueles que dão a sua vida para garantir que o fim da vida de outros seja digna dos anos que lhes pesam no corpo. Mas deve ser cansativo! O cuidador abdica da sua vida para ser a Vida de outros na maioria das vezes nem se queixam, apenas aceitam. Um dia fomos filhos e precisamos que cuidassem de nós, mas haverá um dia em que seremos nós a cuidar dos nossos pais e a providenciar que nada lhes falte – que assim seja!. Mas estes são os sortudos pois existem outros tantos que são deixados sem nome e às vezes sem dignidade, à espera que chegue a sua hora e à mercê da compaixão alheia. Mas acho que pior do que isso são aqueles que desistem de viver, aqueles que, após uma vida longa, se recusam a aceitar as perdas. As perdas dos seus pares, a perda das capacidades físicas, das mentais e começam a pensar: que estou aqui a fazer? Estes podem não ser um fardo físico mas são uma enorme dificuldade para quem cuida pois por mais que se dê o necessário, sente-se que o outro simplesmente desistiu e apenas espera o inevitável. Será que eu vou ser assim? Mal comparado, a vida pode ser encarada como uma vela que para ser útil tem de estar acesa e a cera, que a sustenta, é consumida na medida que a chama ilumina o espaço. Assim, também a vida se vai consumindo entre canseiras, alegrias e desafios. Por vezes, sofremos mazelas e desgastes que são difíceis de superar e que nos deixam marcas que nos fazem desistir um pouco e ficamos sem vontade de prolongar a vida. Será como uma chama que se vê confrontada com ventanias que a fazem fraquejar. Tal como a vela, a vida desgasta-nos, consome-nos porque isto de ser LUZ dá muito trabalho mas é o que dá razão à nossa existência. Viver para sempre nem sempre significa viver bem, por isso escolho: Viver bem! Assim sendo, querida amiga, sugiro que vivamos com intensidade o que nos surge no caminho e preparar para um dia, quando a nossa “cera” for mais curta, e os ventos mais agrestes, termos a capacidade de aceitar o momento tal qual ele é, e continuar a ser Luz na vida dos outros, porque o resto… está nas mãos de Deus. E tu amiga, o que fazes da tua vida? (© iMissio)

XXXI Domingo do Tempo Comum

A Palavra de Deus do XXXI Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre os mandamentos que são a característica essencial da vida cristã:  amar a Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo. I Leitura (Dt 6,2-6) A primeira leitura, retirada do livro de Deuteronómio, que quer dizer segunda lei, o último livro do Pentateuco (primeiros cinco livros do Antigo Testamento), relata-nos uma parte do segundo discurso de Moisés. Na sequência da proclamação do Decálogo, ou Dez Mandamentos, a Lei recebida de Deus e pela qual foi renovada a Aliança com Israel, Moisés exorta o Povo a temer o Senhor, o que não significa ter medo, mas respeito, reverência, obediência e o reconhecimento das nossas limitações e fraquezas perante a Sua santidade e transcendência, e a cumprir as leis e preceitos ordenados. Em seguida, Moisés cita a primeira parte da profissão de fé de Israel, conhecida como “Shema’ Israel” (Ouve Israel), uma oração do devocionário judaico que continua a ser recitada diariamente pelos judeus, para salientar que Deus é o único Senhor que se deve amar “com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças”. Num tempo em que outros “deuses”, nomeadamente o dinheiro, o sucesso, o poder, a posição social, etc., são uma tentação para prescindir do verdadeiro Deus e viver de costas viradas para Ele, os cristãos devem tomar consciência de que só Deus é o único Senhor que os pode conduzir à felicidade e à vida plena. II Leitura (Heb 7,23-28) A segunda leitura volta a falar-nos de Jesus Cristo, o sumo-sacerdote. O texto deste domingo, também retirado da Carta aos Hebreus, fala-nos da superioridade do sacerdócio de Jesus Cristo em relação ao que foi exercido pelos sacerdotes da Antiga Aliança. O autor, depois de considerar as diferenças existentes entre os dois sacerdócios, concluiu que o de Cristo é manifestamente superior. Há diferença no tempo de duração do sacerdócio, pois, enquanto os sacerdotes da Antiga Aliança tinham um exercício limitado, devido à sua condição de mortais, Cristo ressuscitado permanece vivo e tem um sacerdócio eterno. Há ainda diferença em relação ao pecado: os sacerdotes precisavam de oferecer sacrifícios pelos seus pecados e os do povo, enquanto Cristo, que não tinha pecado, ofereceu-se a si mesmo como sacrifício único para redimir os pecados de todos. Jesus foi estabelecido pelo Pai Sacerdote perfeito e eterno, sendo o nosso mediador por excelência junto de Deus. Como diz S. Paulo, “Pois, há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, um homem: Cristo Jesus, que se entregou a si mesmo como resgate por todos” (1 Tim 2, 5) Evangelho (Mc 12,28-34) No Evangelho, um escriba pergunta a Jesus «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». Esta pergunta não era descabida, uma vez que, além dos dez mandamentos da Lei que faziam parte da Aliança de Deus com o seu Povo, havia, naquele tempo, mais de 600 preceitos e tradições destinados a regular situações concretas da vida quotidiana, o que constituía um problema para quem quisesse cumprir a lei. Jesus responde, utilizando citações de dois livros do Pentateuco, o Deuteronómio (1ª Leitura) e o Levítico (Lv 19,18): o primeiro é ‘Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças e acrescenta um segundo mandamento – ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Estes dois mandamentos, amar a Deus e ao próximo, apresentados por Jesus Cristo como os maiores de todos, são indissociáveis e resumem a maneira de ser e de agir de todo daquele que se diz cristão. Como refere a carta de S.João: “Se alguém disser: «Eu amo a Deus», mas tiver ódio ao seu irmão, esse é um mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. E nós recebemos dele este mandamento: quem ama a Deus, ame também o seu irmão. (1 Jo 4, 20-21) Na verdade, só reconhecendo que Deus é Único, ao qual devemos amar com todo o nosso coração, toda a nossa alma, todo o nosso entendimento e todas as nossas forças e, ao mesmo tempo, amar o próximo como a nós mesmos, é que se consegue cumprir toda a lei e, como o escriba, não estar longe do Reino de Deus. XXXI DOMINGO DO TEMPO COMUM

Intenções do Papa para o mês de Novembro

Intenção – Por quem perdeu um filho.   Rezemos para que todos os pais que choram a morte de um filho ou filha encontrem apoio na comunidade e obtenham do Espírito consolador a paz de coração. ATITUDES Consolar Deixa que a tua vida seja atravessada pela luz do Ressuscitado, para que Jesus, através de ti, console os que sofrem o luto por algum filho. Apoiar na dor Alimenta a tua fé e a tua esperança em Jesus ressuscitado, para poderes sustentar os outros. Quem, na tua família ou à tua volta, precisa do teu testemunho? Fazer-se próximo Estreita o vínculo com quem chora a morte de algum filho ou de algum ente querido. A tua proximidade e afeto suavizará um pouco essa dor. Rezar juntos Acompanha os que choram a morte de um familiar rezando com eles, especialmente se é um filho. Favorecer caminhos de paz A Mãe de Jesus ao pé da Cruz conhece a dor das mães. Pede, com a tua comunidade, a Maria que pacifique o coração de quantos choram a morte de um filho.