Ano Catequético 2024/25

No próximo dia 12 de Outubro terá início o Ano Catequético 2024/25. As primeiras inscrições e as renovações para a catequese da Infância e Adolescência estão abertas e podem ser efectuadas na secretaria da Paróquia, no seguinte horário: Terça a Sexta-Feira – 16H30 às 19H00 Sábados – 17H00 às 18H30.
Viver a Palavra

Evangelho de Lucas 8,16-18 Hoje fazemos memória de São Pio de Petrelcina. O Evangelho enfatiza que a luz seja colocada num lugar alto para que todos os que entram na casa possam vê-la. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? A luz dos povos é Cristo e é Ele que ilumina toda a Igreja. É Ele que ilumina o nosso rosto. Senhor Jesus Cristo, nosso dulcíssimo Salvador, ilumina tu próprio as nossas lâmpadas, para que brilhem incessantemente no teu templo e iluminem as nossas trevas. São Pio de Petrelcina dizia que a luz que orienta os passos do povo de Deus vem de uma fé viva e da adesão à Igreja. Palavras do Santo Padre Como é bonita esta missão de levar a luz ao mundo! É uma missão nossa. É bela! É também muito bom conservar a luz que recebemos de Jesus, guardá-la e preservá-la. O cristão deveria ser uma pessoa luminosa, que dá luz, que dá sempre luz! Uma luz que não é sua, mas é a prenda de Deus, é a prenda de Jesus. E nós levamos esta luz. Se o cristão apagar esta luz, a sua vida não terá sentido: é cristão só de nome, que não leva a luz, uma vida sem sentido. (…) É precisamente Deus que nos dá esta luz e nós devemos levá-la aos outros. Lâmpada acesa! Eis a vocação cristã. (Angelus de 9 de fevereiro de 2014)
No cuidado com os mais fracos está o verdadeiro poder

Quantas pessoas sofrem e morrem por causa das lutas pelo poder! Essas são vidas que o mundo rejeita, assim como rejeitou Jesus. Quando Ele foi entregue nas mãos dos homens, não encontrou um abraço, mas uma cruz. No entanto, o Evangelho continua sendo palavra viva e cheia de esperança: Aquele que foi rejeitado, ressuscitou, é o Senhor! Foi o que disse o Papa na alocução que precedeu o Angelus ao meio-dia deste domingo (22/09), XXV Domingo do tempo Comum. Hoje, disse Francisco, o Evangelho da liturgia (Mc 9,30-37) nos fala de Jesus anunciando o que acontecerá no ápice de sua vida: “O Filho do Homem é entregue às mãos dos homens e eles o matarão, mas depois de três dias ele ressuscitará”. Os discípulos, no entanto – observou o Pontífice -, enquanto seguem o Mestre, têm outra coisa em suas mentes e lábios. Quando Jesus lhes pergunta sobre o que estavam falando, eles não respondem. Quer ser grande? Faça-se pequeno “Prestemos atenção a esse silêncio: os discípulos silenciam porque estavam discutindo sobre quem era o maior. Que contraste com as palavras do Senhor! Enquanto Jesus lhes confiava o sentido da própria vida, eles falavam de poder. E agora a vergonha fecha suas bocas, como antes o orgulho havia fechado seus corações. No entanto, Jesus responde abertamente às palavras sussurradas ao longo do caminho: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último”. Quer ser grande? Faça-se pequeno, coloque-se a serviço de todos.” Com uma palavra tão simples quanto decisiva, prosseguiu o Santo Padre, Jesus renova nosso modo de vida. Ele nos ensina que o verdadeiro poder não está no domínio dos mais fortes, mas no cuidado com os mais fracos. Quem acolhe o menor, a mim acolhe Francisco retomou a passagem desta página do Evangelho em que Jesus chama uma criança, coloca-a no meio dos discípulos e a abraça, dizendo: “Aquele que receber uma destas crianças por causa do meu nome, a mim recebe”. A criança não tem poder: ela tem necessidade. Quando cuidamos do homem, reconhecemos que o homem está sempre necessitado de vida. “Nós, todos nós, estamos vivos porque fomos acolhidos, mas o poder nos faz esquecer essa verdade. Então nos tornamos dominadores, não servidores, e os primeiros a sofrer são os últimos: os pequenos, os fracos, os pobres.” Sejamos como Maria, sem vanglória e prontos para servir Como faz habitualmente, Francisco concluiu propondo-nos – à luz da Palavra do Evangelho – algumas interpelações para nossa reflexão pessoal. “Sei reconhecer o rosto de Jesus nos pequeninos? Eu cuido do meu próximo, servindo com generosidade? Agradeço àqueles que cuidam de mim? Oremos juntos a Maria, para sermos como ela, livres da vanglória e prontos para servir.”
XXV Domingo do Tempo Comum

A Palavra de Deus do XXV Domingo do Tempo Comum convida-nos a reflectir sobre as exigências que se colocam a todos os que escolhem ser discípulos de Jesus. I LEITURA ((Sab 2,12.17-20) O Livro da Sabedoria, um dos mais importantes livros da literatura sapiencial, surgiu numa altura em que as tradições e valores de Israel começaram a ser influenciados pela cultura grega. É neste contexto que, na primeira Leitura, constituída por algumas perícopes daquele livro, o autor descreve que a conduta dos justos, ou seja, aqueles que escolheram os caminhos de Deus e vivem em consonância com a sua escolha, incomodava os impios, que viviam uma vida à margem de Deus. A forma de viver dos justos interpela e perturba os que não seguem o caminho de Deus, de tal maneira que são perseguidos, ultrajados e condenados pelos impios. Infelizmente, o que o autor nos relata no Livro da Sabedoria mantém-se actual. No nosso tempo, há ainda pessoas que, por escolherem viver segundo a sabedoria de Deus, são vítimas de incompreensão, de perseguição e de tortura até à morte por terem assumido seguir por aquele caminho. II LEITURA (Tg 3,16-4,3) Na II Leitura , S. Tiago começa por dizer que onde há inveja e rivalidade, também há desordem e toda a espécie de más acções e, por essa razão, aponta o caminho que o homem deve seguir, exortando-o a expressar a fé em atitudes concretas e a viver em união e em conformidade com a sabedoria de Deus, que é pura, pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e de boas obras, imparcial e sem hipocrisia, doutra forma, ele caminhará inevitavelmente para a violência, os conflitos e as guerras. E os cristãos de hoje, que caminho procuram seguir? O da sabedoria de Deus ou do mundo? EVANGELHO (Mc 9,30-37) O Evangelho apresenta-nos um texto S. Marcos, onde somos confrontados com dois tipos de caminho a seguir: o caminho alicerçado nos valores de Deus ou o que se orienta pelos do mundo. Jesus preocupa-se por oferecer aos seus discípulos uma boa formação e fala-lhes, pela segunda vez, sobre o seu mistério pascal, a sua Paixão, Morte e Ressurreição, para indicar qual o caminho que deviam seguir. No entanto, os discípulos continuavam a ter dificuldade em compreender o que Jesus lhes dizia e, agindo numa lógica puramente humana, discutiram entre si qual deles seria o maior, ou seja, o que teria mais domínio e poder. Jesus Cristo apercebendo-se da discussão havida entre os discípulos, chamou-os e disse-lhes: «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». E como este ensinamento não fosse suficiente para corrigir o pensamento dos discípulos, Jesus tomou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo não a mim, mas àquele que me enviou”. Na verdade, as crianças, na sociedade daquele tempo, não tinham direitos nem qualquer importância social, sendo, por isso, o símbolo daqueles que eram os verdadeiros frágeis e necessitados. Jesus aponta assim o caminho pelo qual se pode ser grande, o maior no Reino de Deus: a entrega e o serviço concreto aos irmãos, mormente aos mais frágeis e desprotegidos. Que o texto deste Evangelho nos faça tomar consciência de que, muitas vezes, a nossa forma de agir se baseia numa lógica puramente humana em vez de seguir o exemplo de Jesus Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pelos outros. XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM
Trazer à vida o que é bom

É um dos desafios mais difíceis nos dias que correm. Os cenários à nossa volta são dantescos. Somos raptados dos nossos dias mais ou menos pacíficos para nos depararmos com tragédias permanentes à nossa volta. Ligamos a televisão e encontramos um cardápio do absurdo: incêndios, guerras, agressões em escolas, mortes, violência, desrespeito pela vida humana. Esta constatação do trágico que mergulha rapidamente nas nossas vidas deixa-nos impotentes. Sentimos que não podemos fazer nada para ajudar os que sofrem e que os que podem não o fazem nem se preocupam. Sentimo-nos a viver numa distopia constante onde já não conseguimos distinguir o real do imaginário. O sério do leviano. O simples do complicado. Tudo se une numa bola de caos que não queremos engolir nem digerir. O que nos sobra então, quando nos deparamos com dias tão difíceis? Tão repletos de dor e de destruição? Sobra-nos a certeza de só podermos fazer o que está ao nosso alcance, mesmo que nos pareça pouco. Sobra-nos a oração que nos coloca num lugar de espera e de esperança. Num lugar de quem se quer deixar nas mãos dAquele que sabe mais (e melhor) do que nós. Sobra-nos a coragem de viver cada dia que nos é dado da melhor maneira possível com aqueles que nos fazem companhia nestes cenários confusos. Sobra-nos a capacidade de sentir empatia pela dor do outro e de nos conseguirmos colocar no seu lugar, aproximando-nos do seu sofrimento e da sua realidade. Sobra-nos o viver no momento presente com moderada preocupação pelo que não está ao alcance do nosso controle. Tudo isto parece vazio para quem vive uma tragédia ou para quem sente que perdeu tudo. Que seja nesse vazio que nos permitamos encontrar com o nosso irmão magoado, sem esperança e sem alento. E que desse vazio possa voltar a nascer a fé de que o amanhã há de ser um bocadinho melhor do que o hoje. (© iMissio)