Viver a Palavra

Evangelho de Mateus 19,16-22 Ao jovem rico, Jesus diz: se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tu tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? Possuir bens não é pecado. O pecado é ter bens e guardá-los somente para si, egoisticamente, sem desenvolver a sensibilidade para ajudar a quem precisa. Conheço pessoas ricas que são generosas. Há um empresário em Belo Horizonte que há anos oferece terapia psicológica para padres, religiosas e seminaristas de todo o Brasil, gratuitamente. Ele faz um bem imenso! Deus seja louvado pela sua vida e bondade! Palavras do Santo Padre O que faltava ao homem rico? O dom, a gratuidade: «Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres» (v. 21). Talvez seja isto que falta também a nós. Muitas vezes fazemos o mínimo indispensável, enquanto Jesus nos convida a fazer o máximo possível. Quantas vezes nos contentamos com os deveres – os preceitos, algumas orações, e muitas coisas deste género – enquanto Deus, que nos dá a vida, nos pede impulsos de vida! No Evangelho de hoje vemos muito bem esta passagem do dever ao dom; Jesus começa por nos recordar os mandamentos: «Não matarás, não adulterarás, não roubarás…» e assim por diante (v. 19), e chega à proposta positiva: “Vai, vende, doa, segue-me!” (cf. v. 21). A fé não pode limitar-se aos não, pois a vida cristã é um sim, um sim de amor. Hoje podemos perguntar-nos: “Como está a minha fé? Vivo-a como algo mecânico, como uma relação de dever ou de interesse com Deus? Lembro-me de a alimentar deixando-me olhar e amar por Jesus?”. Deixarmo-nos olhar e amar por Jesus; deixar que Jesus olhe para nós e nos ame. “E, atraído por Ele, correspondo com gratuidade, com generosidade, com todo o coração?”. (Angelus de 10 de outubro de 2021)
A Eucaristia é necessária a todos nós

O Papa Francisco rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo (18/08), com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. O Pontífice iniciou a alocução, que precedeu a oração, com as palavras ditas com simplicidade por Jesus: “Eu sou o pão vivo, descido do céu”. “Diante da multidão, o Filho de Deus se identifica com o alimento mais comum e cotidiano. Entre os que ouvem, alguns começam a discutir: como Jesus pode nos dar sua própria carne para comer? Hoje, também nos fazemos essa pergunta, mas com admiração e gratidão”, disse o Papa, propondo duas atitudes sobre as quais refletir. “Admiração e gratidão diante do milagre da Eucaristia”, sublinhou Francisco. As palavras de Jesus nos surpreendem A primeira atitude é “maravilhar-se, porque as palavras de Jesus nos surpreendem. Ainda hoje, Jesus sempre nos surpreende em nossa vida”. “O pão do céu é um dom que supera todas as expectativas.” Quem não entende o estilo de Jesus permanece desconfiado: parece impossível, até mesmo desumano, comer a carne de um outro. Carne e sangue, ao contrário, são a humanidade do Salvador, sua própria vida oferecida como alimento para a nossa. Reconhecer Jesus onde ele se faz presente “Isso nos leva à segunda atitude: a gratidão, porque reconhecemos Jesus ali onde ele se faz presente para nós e conosco. Ele se faz pão por nós”, sublinhou Francisco, destacando as palavras de Jesus: “Quem come a minha carne permanece em mim e eu nele”. O Cristo, verdadeiro homem, sabe muito bem que é preciso comer para viver. Mas ele também sabe que isso não é suficiente. Depois de ter multiplicado o pão terreno, Ele prepara um dom ainda maior: Ele mesmo se torna verdadeira comida e verdadeira bebida. Obrigado, Senhor Jesus! Jesus cuida da maior necessidade “O pão celestial, que vem do Pai, é o Filho que se fez carne por nós. Esse alimento é mais do que necessário para nós, porque sacia a fome de esperança, a fome de verdade, a fome de salvação que todos nós sentimos, não no estômago, mas no coração. A Eucaristia é necessária a todos nós”, disse o Papa, acrescentando: Jesus cuida da maior necessidade: ele nos salva, alimentando a nossa vida com a sua, para sempre. Graças a Ele, podemos viver em comunhão com Deus e entre nós. “O pão vivo e verdadeiro não é, portanto, algo mágico que resolve repentinamente todos os problemas, mas é o próprio Corpo de Cristo, que dá esperança aos pobres e vence a arrogância de quem se empanturra em detrimento deles.” A seguir, Francisco convidou todos a se perguntar: “Tenho fome e sede de salvação, não apenas para mim, mas para todos os meus irmãos e irmãs? Quando recebo a Eucaristia, que é o milagre da misericórdia, sou capaz de me maravilhar com o Corpo do Senhor, que morreu e ressuscitou por nós?” “Rezemos juntos à Virgem Maria para que nos ajude a acolher o dom do céu no sinal do pão”, concluiu o Papa.
Encontro de oração comunitária

Na próxima Terça-Feira, dia 20, às 20H45, haverá o encontro mensal de oração comunitária, que inclui os seguintes momentos: . Contemplação do Santíssimo Sacramento; – Testemunho – Ana Faria; – Súplicas. Este mês, a nossa oração é pelas famílias, dos (bis) avós aos (bis) netos.
XX Domingo do Tempo Comum

A Palavra de Deus do XX Domingo do Tempo Comum propõe-nos uma reflexão sobre a Eucaristia, esse inefável mistério da presença real de Jesus Cristo no pão e vinho consagrados que, pela acção do Espírito Santo, se transubstanciam no Corpo e Sangue de Cristo e se tornam alimento para a nossa vida. I Leitura (Prov 9,1-6) Na primeira Leitura, uma passagem do Livro dos Provérbios, o autor faz da Sabedoria divina uma personagem que prepara um banquete com a finalidade de convidar todos aqueles que são insensatos e inexperientes (simples). Para se aproximarem do banquete preparado pela Sabedoria, para o qual foram convidados, têm de abandonar o orgulho e a arrogância, reconhecendo a sua debilidade e entregando-se confiadamente nas mãos de Deus. Também, os insensatos têm de abandonar o caminho da insensatez e seguir pelo da prudência, renunciando aos próprios esquemas e optando pelas propostas de Deus. Que este texto nos ajude a buscar a Sabedoria divina, pois só ela é que nos ajuda a viver de acordo com a vontade de Deus e nos orienta no sentido de caminharmos para uma vida plena de felicidade. II Leitura (Ef 5,15-20) Paulo dirige-se aos cristãos para lembrar que, na sua condição de baptizados, devem permanecer fiéis à sua opção, não se deixando seduzir por valores materiais e que nada têm a ver com o seu compromisso de seguir Jesus Cristo. Além disso, Paulo incentiva os cristãos a orar e ensina como devem fazê-lo: “recitando entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando em vossos corações, dando graças, por tudo e em todo o tempo, a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Esta carta de Paulo continua a ter plena actualidade. Hoje, os cristãos também precisam de ter consciência das exigências consequentes da sua condição de baptizados e da necessidade de encontrarem tempo para dialogar com Deus, através da oração, e buscar, por meio dela, a força suficiente para manterem a sua fidelidade e compromisso. Evangelho (Jo 6,51-58) O Evangelho de hoje é a última parte do discurso do Pão da Vida proferido por Jesus na Sinagoga de Cafarnaum. Depois de, nos últimos quatro domingos, Jesus se ter apresentado como o pão vivo que desceu do Céu para dar a vida ao mundo, a passagem evangélica de hoje liga esta afirmação com a Eucaristia. Para uma melhor reflexão sobre o trecho que nos é proposto, deixamos partes de uma catequese do Papa Francisco. “A passagem do Evangelho deste XX domingo do Tempo Comum, relata que algumas pessoas se escandalizaram porque Jesus disse: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia”, ele usa o estilo dos profetas para provocar em nós perguntas e decisões. Quando afirma “comer a carne e beber o sangue”, o que significa isto então? É só uma imagem ou é qualquer coisa de real? Para termos uma resposta é preciso intuir o que acontece no coração de Jesus enquanto parte o pão para a multidão esfomeada. Sabendo que deverá morrer na Cruz por nós, Jesus identifica-se com aquele pão partilhado e isso torna-se para Ele um ‘sinal’ do sacrifício que o espera – sublinhou o Papa que salientou as palavras de Jesus: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e eu nele”. A comunhão é assimilação, pois tornamo-nos como Jesus. Mas para isso é preciso o nosso sim, a nossa adesão de fé. “Mas a Eucaristia não é uma oração privada ou uma bela experiência espiritual, não é uma simples comemoração daquilo que Jesus fez na Última Ceia: a Eucaristia é ‘memorial’, ou seja, um gesto que atualiza e torna presente o evento da morte e ressurreição de Jesus: o pão é realmente o seu Corpo dado por nós, o vinho é realmente o seu Sangue versado por nós.” “A Eucaristia é o próprio Jesus que se dá inteiramente a nós. Nutrirmo-nos d’Ele e morar n’Ele mediante a comunhão eucarística, se o fazemos com fé, transforma a nossa vida num dom a Deus e aos irmãos. Nutrirmo-nos do Pão da Vida significa entrar em sintonia com o coração de Cristo, assimilar as suas escolhas, os seus pensamentos, os seus comportamentos. Significa entrar num dinamismo de amor e tornarmo-nos pessoas de paz, de perdão, de reconciliação, de partilha solidária.” XX DOMINGO DO TEMPO COMUM
Viver a Palavra

Evangelho de Mateus 19,3-12 O homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne. Eles já não são dois, mas uma só carne, disse Jesus. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? A nova família que se inicia com o matrimônio abençoado por Deus é linda. Diante do altar, a partir do consentimento, os dois são uma coisa só, uma só carne. O casal que vive unido no amor é um reflexo de Deus trindade na terra. Por isso, a família é um tesouro! Estamos na semana nacional da família que, neste ano, tem como tema a família e a amizade. Para além dos vínculos familiares, é muito importante cultivar a amizade dentro da nossa própria família. Palavras do Santo Padre Este ensinamento de Jesus é muito claro e defende a dignidade do matrimónio, como união de amor que requer a fidelidade. Aquilo que consente que os esposos permaneçam unidos no matrimónio é um amor de doação recíproca amparado pela graça de Cristo. Se, ao contrário, prevalecer nos cônjuges o interesse individual, a própria satisfação, então a sua união não poderá resistir. E a mesma página evangélica recorda-nos, com grande realismo, que o homem e a mulher, chamados a viver a experiência da relação e do amor, podem dolorosamente fazer gestos que a põem em crise. […] O modo de agir do próprio Deus com o seu povo infiel — isto é, conosco — ensina-nos que o amor ferido pode ser sanado por Deus através da misericórdia e do perdão. (Angelus de 7 de outubro de 2018)