Na Audiência Geral de hoje, dia 3, o Papa Francisco continuou as suas reflexões sobre a família, abordando, desta vez, a vulnerabilidade social das famílias.
No tempo actual, as condições da vida da família originam muitas dificuldades e problemas que a colocam constantemente à prova.
Uma dessas provas é a pobreza, um drama social que atinge as famílias das grandes cidades e das zonas rurais, devido às mais diversas situações: desemprego, condições precárias de trabalho, bairros sem infraestruturas, serviços sociais e sanitários ineficazes, escolas sem qualidade, sem contar com o dano causado pelo consumismo e o narcisismo, tão difundidos pela cultura mediática.
Estas situações tornam-se ainda mais graves nos países em que há guerra, a qual, na opinião do Papa, atinge a população civil, as famílias. Por essa razão, o Papa afirmou que a guerra “é a mãe de todas as pobrezas e empobrece a família”.
Não obstante tantos obstáculos, há muitas famílias pobres que procuram viver de forma digna e honesta, tendo Deus como seu único apoio. “Diante destas famílias deveríamos ajoelhar”, disse o Papa.
A Igreja, que é mãe, deve ser pobre para tornar-se fecunda e dar uma resposta a tanta miséria, através da oração e da acção, afirmou o Papa Francisco.
Assim, “uma Igreja pobre é uma Igreja que pratica uma voluntária simplicidade na própria vida – nas suas próprias instituições, no estilo de vida dos seus membros – para abater cada muro de separação, sobretudo dos pobres.”
No final da sua reflexão, o Papa pediu que os cristãos estivessem mais próximos das famílias que vivem na pobreza e citou uma passagem do Livro do Eclesiástico.
Filho, não tires a vida ao pobre,
não faças esperar os olhos dos indigentes.
2Não desprezes aquele que tem fome,
nem irrites o pobre na sua necessidade.
3Não aflijas o coração do infeliz,
nem recuses a esmola àquele que está na miséria.
4Não rejeites o pedinte em aflição,
nem voltes a cara ao pobre.