Palavras do Santo Padre

Hoje, solenidade da Assunção da Virgem Maria, contemplamo-la a subir em corpo e alma à glória do Céu. Também o Evangelho de hoje no-la apresenta enquanto sobe, desta vez rumo a uma «região montanhosa» (Lc 1, 39). E por que sobe? Para ajudar a sua prima Isabel, e lá proclama o cântico jubiloso do Magnificat. Maria sobe e a Palavra de Deus revela-nos o que a caracteriza na sua subida: o serviço ao próximo e o louvor a Deus. […] É quando nos abaixamos para servir os nossos irmãos que subimos: é o amor que eleva a vida. Vamos servir os nossos irmãos e, com esse serviço, “subimos”. Mas servir não é fácil: Nossa Senhora, que acaba de conceber, percorre de Nazaré quase 150 quilômetros para chegar à casa de Isabel. Ajudar custa, a todos nós. […] Mas o serviço corre o risco de ser estéril sem o louvor a Deus. De fato, quando Maria entra em casa da sua prima, louva o Senhor. Não fala do cansaço da viagem, mas do coração brota um cântico de júbilo. Porque quem ama a Deus conhece o louvor. E o Evangelho de hoje mostra-nos “uma cascata de louvores”: a criança salta de alegria no seio de Isabel (cf. Lc 1, 44), que pronuncia palavras de bênção e “a primeira bem-aventurança”: «Feliz daquela que acreditou» (Lc 1, 45); e tudo culmina em Maria, que proclama o Magnificat (cf. Lc 1, 46-55). O louvor aumenta a alegria. O louvor é como uma escada: eleva os corações. (Angelus de 15 de agosto de 2023)