Ao jovem rico, Jesus diz: se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tu tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Possuir bens não é pecado. O pecado é ter bens e guardá-los somente para si, egoisticamente, sem desenvolver a sensibilidade para ajudar a quem precisa. Conheço pessoas ricas que são generosas. Há um empresário em Belo Horizonte que há anos oferece terapia psicológica para padres, religiosas e seminaristas de todo o Brasil, gratuitamente. Ele faz um bem imenso! Deus seja louvado pela sua vida e bondade!
Palavras do Santo Padre
O que faltava ao homem rico? O dom, a gratuidade: «Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres» (v. 21). Talvez seja isto que falta também a nós. Muitas vezes fazemos o mínimo indispensável, enquanto Jesus nos convida a fazer o máximo possível. Quantas vezes nos contentamos com os deveres – os preceitos, algumas orações, e muitas coisas deste género – enquanto Deus, que nos dá a vida, nos pede impulsos de vida! No Evangelho de hoje vemos muito bem esta passagem do dever ao dom; Jesus começa por nos recordar os mandamentos: «Não matarás, não adulterarás, não roubarás…» e assim por diante (v. 19), e chega à proposta positiva: “Vai, vende, doa, segue-me!” (cf. v. 21). A fé não pode limitar-se aos não, pois a vida cristã é um sim, um sim de amor. Hoje podemos perguntar-nos: “Como está a minha fé? Vivo-a como algo mecânico, como uma relação de dever ou de interesse com Deus? Lembro-me de a alimentar deixando-me olhar e amar por Jesus?”. Deixarmo-nos olhar e amar por Jesus; deixar que Jesus olhe para nós e nos ame. “E, atraído por Ele, correspondo com gratuidade, com generosidade, com todo o coração?”. (Angelus de 10 de outubro de 2021)