Evangelho de Lucas 7,1-10

Um oficial romano que tinha um empregado à beira da morte, enviou alguns anciãos para pedir a Jesus a cura do seu empregado. Quando Jesus se dirigia à sua casa, enviou mensageiros: Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa, nem me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Trata-se de um homem humilde e de muita fé esse oficial romano. Disse nem me considerei digno de ir pessoalmente, mas o que disseres, eu acolho e acredito. Ele viu seu empregado ser curado e ainda foi elogiado por Jesus. A nossa fé sincera agrada a Deus.  

Palavras do Santo Padre

Talvez o reconhecimento mais tocante da pobreza da nossa oração tenha vindo dos lábios do centurião romano que um dia implorou Jesus que curasse o seu servo doente (cf. Mt 8, 5-13). Sentia-se totalmente inadequado: não era judeu, era um oficial do odiado exército de ocupação. Mas a preocupação pelo servo fá-lo ousar, e diz: «Senhor… eu não sou digno que entres debaixo do meu teto, mas diz uma só palavra e o meu servo será curado» (v. 8). É a frase que também repetimos em todas as liturgias eucarísticas. Dialogar com Deus é uma graça: não somos dignos dela, não temos o direito de a reivindicar, “coxeamos” com cada palavra e pensamento… Mas Jesus é a porta que nos abre para este diálogo com Deus. Esta proximidade de Deus abre-nos ao diálogo com Ele. Um Deus que ama o homem, nunca teríamos tido a coragem de acreditar nisto – como é possível que Deus me ame? – se não tivéssemos conhecido Jesus. O conhecimento de Jesus fez-nos compreender isto, no-lo revelou. (Audiência Geral de 3 de março de 2021)