Jesus disse: ai daquele que produz escândalos! Seria melhor que lhe amarrassem uma pedra no pescoço e o jogassem no mar, do que escandalizar um desses pequeninos!
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Com o passar do tempo nos tornamos muito parecidos com as pessoas com as quais mais nos relacionamos. É de onde vem o ditado: diga-me com quem anda e dir-lhe-ei quem você é. Por isso, veja bem quem são seus amigos e quem são os que lhe aconselham em suas decisões. Se os seus amigos deram escândalo, abandonaram a família, deram calote em alguém e você convive com eles, cuidado para não ser influenciado e cometer os mesmos erros.
Palavras do Santo Padre
“Se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são giradas pelos jumentos, e lançarem-no ao mar” (Mc 9, 42). Com estas palavras, dirigidas aos discípulos, Jesus alerta para o perigo de escandalizar, ou seja, de obstruir o caminho e ferir a vida dos “pequeninos”. É uma advertência forte, severa, sobre a qual devemos parar para refletir. […] Se quisermos semear com vista ao futuro, também a nível social e económico, far-nos-á bem voltar a colocar o Evangelho da misericórdia na base das nossas escolhas. Jesus é a misericórdia e todos nós somos objeto desta misericórdia. Caso contrário, por mais imponentes que pareçam, os monumentos da nossa opulência serão sempre gigantes com pés de barro (cf. Dn 2, 31-45). Não tenhamos ilusões: sem amor não há nada que dure, tudo se desvanece, desmorona e nos deixa prisioneiros de uma vida fugaz, vazia e sem sentido, de um mundo inconsistente que, para além das fachadas, perdeu toda a credibilidade, porque escandalizou os mais pequenos. (Homilia na Missa de beatificação no Estádio Rei Balduíno em Bruxelas, 29 de setembro de 2024)