Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas: tocamos flauta e não dançastes, entoamos lamentações e não batestes no peito.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
As palavras de Jesus parecem dizer que Deus fica estonteado com os nossos comportamentos: Nunca estamos contentes, sempre nos queixamos. Inclusive nos atrevemos a acusá-lo e a culpá-lo daquilo que nos incomoda. Mais: Ele vem ao nosso encontro e nos fechamos. Diante disso, o que ele poderá fazer, dado que respeita a nossa liberdade? Se não o escutamos, como Ele poderá romper a nossa surdez? Se sempre lhe dizemos não, como ele vai dobrar a nossa teimosia? Deus sempre faz a sua parte, mas se faltar a nossa, o encontro transformador não acontecerá.
Palavras do Santo Padre
“Vendo essas crianças que têm medo de dançar, medo de chorar, medo de tudo, que pedem segurança em tudo, penso nestes cristãos tristes que sempre criticam os pregadores da Verdade, porque têm medo de abrir a porta para o Espírito Santo. Rezemos por eles, e rezemos também por nós mesmos, a fim de que não nos tornemos cristãos tristes, que não deixam que o Espírito Santo tenha a liberdade de vir até nós através do escândalo da pregação”. Escandaliza que Deus nos fale através de homens com limites, homens pecadores: escandaliza! E escandaliza ainda mais o fato que Deus nos fale e nos salve através de um homem que se diz Filho de Deus, mas que termina como um criminoso. Aquilo escandaliza”. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 13 de dezembro de 2013)