3.ª semana do Advento:
Alargar os horizontes da esperança!
A esperança ultrapassa as expetativas: a esperança é ativa e criativa. De facto, a nossa esperança cristã está enraizada em Cristo e em tensão para o futuro; chega a ser uma esperança “arriscada”, quando já “não há nada a esperar” (Rm 8,24); é uma esperança que cresce e se purifica e consolida no mal e frente ao mal, sendo por isso uma esperança crucificada. Esta esperança tem como parente a paciência (capaz de fazer frente à adversidade, com perseverança e resistência ativa) mas não deixa de ser uma esperança lúcida, uma esperança que não é cega, pois projeta a sua luz sobre uma realidade dura e escura. Se esperamos a nova criação, então a nossa esperança é inconformista; não é só consolo no sofrimento, mas protesto da promessa de Deus contra o sofrimento. Não se trata, pois, de uma esperança, de dimensão puramente individual, uma ilusão narcisista, mas de uma esperança solidária, de irmãos que estão dentro da mesma barca; trata-se sempre de uma esperança criativa, que impulsiona a ação.
Peregrinos de esperança: os agentes pastorais da pastoral da saúde e da pastoral sociocaritativa e os voluntários de organizações, associações, instituições e corporações…
Os agentes pastorais ligados à pastoral sociocaritativa e à pastoral da saúde, bem como os muitos voluntários de organizações, associações, instituições e corporações…saem da sua zona de conforto ao encontro dos sem-abrigo, dos pobres, dos doentes, dos frágeis, dos mais sós… e dedicam parte do próprio tempo livre a atividades de voluntariado, que sejam de interesse para a comunidade, ou a outras formas semelhantes de empenho pessoal.
Oferecer sinais de esperança:
- Visita e apoio a um movimento, obra ou instituição de solidariedade social.
- Organizar iniciativa pastoral, em parceria com instituições de solidariedade social.
- Promover alguma recolha de bens ou de fundos para um a um movimento, obra ou instituição de solidariedade social.
Viver o Ano da Oração para preparar o Jubileu
Diz São Paulo na Carta aos Filipenses: “Não vos inquieteis com coisa alguma, mas em todas as circunstâncias apresentai os vossos pedidos, com orações, súplicas e ações de graças” (cf. 2.ª leitura).
Desafiem-se as pessoas, famílias e grupos a elaborar uma oração de Natal, pessoal, familiar ou de grupo, com alguns “pedidos” ao Menino Jesus ou então uma oração que apresente, ao mesmo tempo, um pedido, uma esperança e um motivo de louvor. Pode propor-se a oração de Santa Teresa de Ávila, que é outra forma de viver a palavra do Apóstolo Paulo: “não vos inquieteis com coisa alguma”.
Nada te turbe,
nada te espante;
Tudo passa,
Deus nunca muda;
A paciência tudo alcança.
Quem a Deus tem nada lhe falta.
Só Deus basta.