Na sua Mensagem de Natal, o bispo do Porto saúda em particular os mais frágeis e os mais idosos, os doentes, os presos, os migrantes, os mais pobres. A todos convida para a Abertura do Jubileu 2025 na diocese do Porto, no domingo 29 de dezembro pelas 16.30h na Catedral do Porto. Publicamos aqui a transcrição das palavras de D. Manuel Linda.

Amigas e amigos,

como nos aproximamos do Natal, não queria deixar passar este tempo sem uma mensagem de saudação. No nosso interior não se perdeu, nem nunca se perderá, aquele sentimento de júbilo e de bem aventurança que nos transporta ao presépio, e nos faz sonhar com tempos novos de fraternidade e felicidade universais. Mas temos mesmo razões para isto? Há razões para a esperança e para o sonho? Haverá futuro?

Ao olharmos para o nosso mundo, parece que nada nos anima, nada nos entusiasma, nada nos dá esperança e ânimo. Não são somente as convulsões do mundo, são também os nossos atritos familiares, aqueles que geramos nas redes sociais, os atritos dos ambientes em que nos movemos e até de nós, connosco próprios. De facto, não haveria razões para a esperança se contássemos somente com as nossas forças.

Mas não nos podemos esquecer que Alguém, que mesmo na Sua aparente fragilidade, em que Se apresenta como Aquele que não tem força, possui todo o poder transformante do mundo. Ele tem um nome. É o Menino Jesus, nascido em Belém. Nele, de facto, o que parece perdido reencontra-se. A morte dá origem à vida, a guerra é substituída pela paz, pela paz fraterna. Ou, como diria o profeta Isaías: “Das espadas forjarão relhas de arado, e das suas lanças foice para o cultivo do pão”.

Então a esperança de um mundo melhor encontra no Deus Menino um alicerce sólido. Ele é o garante da salvação total e em plenitude. Se Lhe abrirmos as portas do nosso coração, Ele fará aí a sua morada e nos trará a paz, a felicidade.

É o que iremos saborear já no Jubileu do ano 2025, vivido precisamente sobre o signo da esperança cristã, e para cuja abertura eu convido todos os diocesanos. Será no dia 29 deste mês. Começará com uma concentração na Igreja de Santo Ildefonso, aqui na cidade do Porto, às 16h00, seguida de uma procissão até à nossa Catedral, onde por volta das 16h30 será celebrado o rito da abertura do Jubileu, e a Missa. Posso contar com todos?

Neste clima de ânimo e de esperança, quero saudar os mais frágeis e os mais idosos, os doentes, os presos, os migrantes, os mais pobres, concretamente os sem-abrigo. Não me esqueço das crianças, das famílias, dos que vivem sós. Igual pensamento vai para os que fazem o bem organizado, como a nossa Cáritas, Conferência Vicentina, colaboradores das nossas instituições sociais, mormente dos centros sociais e paroquiais e da nossa obra Diocesana de Promoção Social. Saúdo todos aqueles que contribuam para a boa organização das realidades do mundo, tais como autarquias, organismos públicos, escolas e universidades. Uma palavra vai para os evangelizadores, sacerdotes, diáconos, colaboradores na vida paroquial.

Enfim, dirijo-me a todas e a cada uma das pessoas que vivem na área desta grande Diocese, mesmo a aqueles que não partilham a fé cristã. A todos, ouso dizer: coragem. Quanto mais escuras são as nuvens, mas o Sol há de brilhar para fazer nascer o dia. Confiamos em Jesus. Em Jesus do presépio. Ele é o Salvador.

A todos, mesmo a todos. Feliz Natal! Um Natal de ânimo, de salvação, de alegria e de paz.