Nas últimas semanas, tem sido mencionado frequentemente que estamos na Quaresma, um tempo de conversão e de mudança de vida, a fim de chegarmos devidamente preparados à celebração da Páscoa do Senhor.

Ao entrarmos na V semana da Quaresma, é altura de questionar: será que tenho vindo a preparar devidamente a celebração da Páscoa? Será que tenho procurado o caminho da conversão?

Uma reflexão profunda sobre a forma como, até agora, tenho vivido a Quaresma, no que respeita à relação com Deus e com os outros, é uma prática que ajuda a avaliar se o caminho que tenho seguido me conduz a uma conversão genuína.

Ora, se o caminho seguido não tem permitido concretizar uma mudança de vida, o que, neste tempo restante, poderei ainda fazer para corrigir o que tenho feito menos bem?

Para ajudar a mergulhar nas profundezas do meu ser e descobrir, com a orientação do Espírito Santo, os aspectos que me podem aproximar de Deus e transformar realmente a minha vida, sugere-se manter o coração e o espírito abertos para acções que podem dar bons frutos de conversão.

E que acções podem ser frutíferas?

– A prática da oração, pela qual se entra em relação íntima com Deus.

– A leitura orante da Palavra de Deus, sobretudo aquelas que fazem parte da liturgia deste tempo.

– A participação na Via-Sacra.

– A participação no Sacramento da Reconciliação Penitencial.

Todas estas acções obrigam a uma autoanálise e a uma reflexão profunda, ambas essenciais para encontrar as razões pelas quais não fui capaz de percorrer o caminho de conversão e dar um novo sentido à minha vida.

Há sempre tempo para inflectir o rumo. Há sempre tempo para ir ao encontro de Deus. Não tenhamos medo. Ele espera por cada um de nós, não para nos repreender, mas para se alegrar com o regresso.