Evangelho de João 13,1-15

Depois de lavar os pés de seus discípulos, Jesus afirmou: Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

O dia de hoje marca o início de uma única celebração que começa no lava-pés, a última ceia de Jesus, e se conclui com a vigília da ressurreição do Senhor. O gesto de lavar os pés é o fio condutor de tudo o que Jesus nos falou e nos ensinou, aliás, é o fio condutor de todo o cristianismo. Seria interessante dispor em nossa casa de um quadro do lava-pés, pois indica a humildade em servir e é o sinal mais distintivo do discípulo de Jesus.

Palavras do Santo Padre

A realidade que vivemos hoje, nesta celebração. O Senhor quer ficar conosco na Eucaristia, e nós tornamo-nos tabernáculos permanentes do Senhor. Trazemos conosco o Senhor, a ponto de Ele próprio nos dizer que, se não comermos o seu Corpo e não bebermos o seu Sangue, não entraremos no Reino dos Céus. Este é o mistério do Pão e do Vinho, do Senhor conosco, em nós, dentro de nós. O serviço: um procedimento que é condição para entrar no Reino dos Céus. Servir, sim; servir a todos. Mas o Senhor, na troca de palavras que teve com Pedro (cf. Jo 13, 6-9), faz-lhe compreender que, para entrar no Reino dos Céus, devemos deixar que o Senhor nos sirva, que o Servo de Deus seja nosso servo. E isto é difícil de compreender. Se não deixo que o Senhor seja o meu servo, que o Senhor me lave, me faça crescer, me perdoe, não entrarei no Reino dos Céus. E o sacerdócio. Hoje quero estreitar a mim os sacerdotes, todos os sacerdotes, desde o último ordenado até ao Papa. Todos somos sacerdotes. Os bispos, todos… Fomos ungidos, ungidos pelo Senhor; ungidos para fazer a Eucaristia, ungidos para servir. (Homilia na Santa Missa In Coena Domini, 9 de abril de 2020)