Jesus rezou pedindo a unidade: Pai Santo, eu te peço por todos que vão crer em mim por meio da tua palavra. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti e para que eles estejam em nós.
Como viver esse evangelho no dia de hoje?
A unidade é aquela atmosfera de céu que sentimos ao nosso redor quando estamos unidos no amor. É quando se está com pessoas que se querem bem reciprocamente e se sente de forma espontânea a alegria, o entusiasmo, o ardor… é tão bom que você gostaria que aquele momento não acabasse. Quando isso acontece é sinal de que ali existe a unidade. Ela é dom de Deus. Nos faz experimentar, por quanto possível, a vida e a alegria da trindade santa em corpos humanos.
As palavras dos Papas
O pedido central da oração sacerdotal de Jesus, dedicada aos seus discípulos de todos os tempos, é o da unidade futura de quantos acreditarem n’Ele. […] A unidade dos cristãos, por um lado, é uma realidade secreta que está no coração das pessoas crentes. Mas, ao mesmo tempo, ela deve aparecer com toda a clareza na história, deve aparecer para que o mundo creia, tem uma finalidade muito prática e concreta, deve aparecer para que todos sejam realmente um só. A unidade dos discípulos futuros, sendo unidade com Jesus — que o Pai enviou ao mundo — é também a fonte originária da eficácia da missão cristã no mundo. «Podemos dizer que na oração sacerdotal de Jesus se cumpre a instituição da Igreja… Precisamente aqui, no ato da última Ceia, Jesus cria a Igreja. Porque, o que é a Igreja, a não ser a comunidade dos discípulos que, mediante a fé em Jesus Cristo como enviado do Pai, recebe a sua unidade e é envolvida na missão de Jesus de salvar o mundo, conduzindo-o ao conhecimento de Deus? Aqui encontramos realmente uma verdadeira definição da Igreja. A Igreja nasce da oração de Jesus. E esta prece não é apenas palavra: é o gesto em que Ele se “consagra” a Si mesmo, ou seja, se “sacrifica” pela vida do mundo» (cf. Jesus de Nazaré, II, 117 s.).