Com o Domingo da Páscoa da Ressurreição iniciou-se um novo tempo litúrgico, o tempo Pascal, que se prolongará até ao Domingo de Pentecostes.
Os Domingos do Tempo Pascal são uma continuidade do acontecimento da Ressurreição do Senhor, pelo que somos convidados a viver este tempo com uma grande alegria e uma renovada esperança.

A Palavra de Deus do II Domingo de Páscoa ou da Divina Misericórdia apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.

I LEITURA – Act 2,42-47

Na primeira leitura temos, na “fotografia” da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade fraterna, preocupada em conhecer Jesus e a sua proposta de salvação, que se reúne para louvar o seu Senhor na oração e na Eucaristia, que vive na partilha, na doação e no serviço e que testemunha – com gestos concretos – a salvação que Jesus veio propor aos homens e ao mundo.

II LEITURA – 1 Ped 1,3-9

A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã que a identificação de cada crente com Cristo – nomeadamente com a sua entrega por amor ao Pai e aos homens – conduzirá à ressurreição. Por isso, os crentes são convidados a percorrer a vida com esperança (apesar das dificuldades, dos sofrimentos e da hostilidade do “mundo”), de olhos postos nesse horizonte onde se desenha a salvação definitiva.

EVANGELHO – Jo 20,19-31

No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.

No II Domingo da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia. Instituída por João Paulo II, no ano 2000, por ocasião da proclamação da santidade de Faustina Kowalska, uma religiosa polonesa a quem, através de numerosas visões, Jesus confiou a sua mensagem de misericórdia.

Jesus disse a Santa Faustina: “A humanidade não encontrará paz, enquanto não se voltar com confiança para a misericórdia divina”

Neste dia da Divina Misericórdia, lembramos como São João Paulo II, em jeito de oração, se dirigiu à nova Santa: “E você, Faustina, presente de Deus ao nosso tempo, presente da terra da Polónia para toda a Igreja, nos ajude a perceber a profundidade da Divina Misericórdia, nos ajude a experimentá-la e testemunhá-la aos irmãos.”

II DOMINGO DA PÁSCOA