Estamos já na segunda semana da Quaresma, da nossa caminhada de preparação para a celebração da Páscoa do Senhor.
A Quaresma é um tempo propício para uma reflexão profunda sobre o pecado, o pecador e a misericórdia de Deus, para podermos analisar e compreender com mais clareza estas situações que estão permanentemente presentes nas nossas vidas.
Neste tempo é importante buscar dentro de nós o que temos feito de mal e, porventura, o mal que temos feito, não com o sentido de nos flagelarmos pelos erros cometidos, mas com o propósito de aperfeiçoamento individual.
O que Deus pretende é que o reconhecimento dos nossos erros provoque em nós um sentimento de arrependimento, de modo que, de coração contrito, possamos pedir perdão e ajuda para encetar a viagem de regresso ao seu Amor.
Ele não condena o pecador e, independentemente da gravidade e quantidade dos seus pecados, tudo faz para o encontrar e está sempre de braços abertos para o receber com alegria.
São exemplo disso as três parábolas da misericórdia, nas quais o evangelista Lucas expressa a alegria de ter encontrado o que estava perdido e o acolhimento de quem retorna a casa. Estas parábolas, que estão narradas no capítulo 15, sugerem, nas duas primeiras, a ovelha perdida e a dracma perdida, a procura do pecador pelo Pai e a alegria pelo reencontro, e a terceira, o filho pródigo, a misericórdia do Pai pelo pecador arrependido e o seu acolhimento com festa e sem quaisquer condições.
Sabemos o que Deus nos oferece, por meio de Jesus Cristo, e o caminho que devemos percorrer.
Qual a razão de não O procurarmos ou de não nos deixarmos encontrar por Ele?
Dai-nos, Senhor, a graça de, nesta Quaresma, podermos fazer a experiência de encontro com a Tua misericórdia.