Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
O povo foi até Jesus para ouvir a sua palavra e levou consigo os doentes. Não deve ter sido fácil, segundo as condições da época, um tal deslocamento. Para nós o exemplo deles permanece uma luz: não podemos ir sozinhos até Jesus, sem levar conosco as pessoas que sofrem. Faça um giro com o olhar do seu coração para identificar quem são as pessoas sofridas ao seu redor, que você precisa levar consigo até Jesus.
Palavras do Santo Padre
… deve notar-se quão estreita é a ligação entre o pão eucarístico, alimento para a vida eterna, e o pão quotidiano, necessário para a vida terrena. Antes de se oferecer ao Pai como Pão de salvação, Jesus ocupa-se da comida para aqueles que O seguem e que, para estar com Ele, se esqueceram de tomar providências. Por vezes o espírito e a matéria estão em contraste, mas na realidade o espiritualismo, tal como o materialismo, é alheio à Bíblia. Não é uma linguagem da Bíblia. […] E somos chamados a aproximar-nos da mesa eucarística com estas mesmas atitudes de Jesus: [antes de tudo] compaixão pelas necessidades dos outros. Esta palavra é repetida no Evangelho quando Jesus vê um problema, uma doença ou aquelas pessoas sem comida. “Compadeceu-se delas”. A compaixão não é um sentimento puramente material; a verdadeira compaixão é sofrer com, assumir as dores dos outros. Talvez hoje nos faça bem perguntar a nós mesmos: sinto compaixão? Quando leio as notícias sobre guerras, fome, pandemias, tantas coisas, será que sinto compaixão por essas pessoas? Será que tenho pena das pessoas que estão próximas de mim? Sou capaz de sofrer com elas, ou olho para o outro lado ou digo “que se arranjem”? Não esquecer esta palavra “compaixão”, que é confiança no amor providente do Pai e significa partilha corajosa. (Angelus de 2 de agosto de 2020)