
Jesus contou a parábola do joio e do trigo. Ambos crescem juntos no campo, mas na hora da colheita o joio é recolhido e queimado e o trigo é guardado em divinos celeiros.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Jesus fez referência ao joio, pois esse no início é bem parecido ao trigo, mas na hora da colheita o joio apresenta sementes escuras e o trigo espigas douradas. Em outras palavras: há muitas mentiras no mundo que parecem verdades e só se saberá a diferença no final. Aqui entram as publicidades de bebidas, de comidas, de benesses que garantem alegria, mas não entregam o que prometem. O mesmo se diga de uma vida de devassidão, de mentiras que, no final, gera muita decepção.
PALAVRAS DO SANTO PADRE
Desta forma, Jesus fala do nosso mundo que, na realidade, é como um grande campo, onde Deus semeia o trigo e o maligno o joio, e assim o bem e o mal crescem juntos. O bem e o mal crescem juntos. (…) No entanto, há um segundo campo onde podemos fazer limpeza: o campo do nosso coração, o único onde podemos intervir diretamente. Também ali há trigo e joio, aliás, é a partir dali que ambos se espalham no grande campo do mundo. Irmãos e irmãs, com efeito, o nosso coração é o campo da liberdade: não é um laboratório assético, mas um espaço aberto e, por conseguinte, vulnerável. Para o cultivar como se deve é preciso, por um lado, cuidar constantemente dos delicados rebentos do bem e, por outro, identificar e arrancar as ervas daninhas no momento certo. Olhemos, pois, para dentro de nós e examinemos o que se passa, o que cresce em mim, o que cresce em mim de bom e de mau. Há um bom método para o fazer: chama-se exame de consciência, que consiste em ver o que aconteceu na minha vida hoje, o que atingiu o meu coração e quais decisões tomei. Precisamente para ver, à luz de Deus, onde está o joio e onde está a boa semente. (Angelus de 23 de julho de 2023)