
Jesus compara o Reino de Deus a um tesouro escondido no campo e a uma pérola de grande valor. Quem os encontra vai e cheio de alegria vende todos seus bens para adquirir aquele campo e aquela pérola.
Como viver este Evangelho no dia de hoje?
Pela parábola do tesouro escondido Jesus nos ensina que quem encontra o seu Evangelho, encontra o verdadeiro tesouro. Uma vez tendo sido fascinado pelo seu brilho, quem não tinha fé, percebe a transformação que o Evangelho causa na sua vida. O Evangelho é também a pérola diante da qual as filosofias de vida, os pensamentos do mundo, as crenças e superstições se revelam sem nenhum valor. Quem encontrou verdadeiramente o tesouro do Evangelho não o troca por nada.
Palavras do Santo Padre
Estas semelhanças põem em evidência duas características relativas à posse do Reino de Deus; a busca e o sacrifício. É verdade que o Reino de Deus é oferecido a todos — é um dom, é uma prenda, é graça — mas não é servido num tabuleiro de prata, exige um dinamismo: trata-se de procurar, caminhar, trabalhar. A atitude da busca é a condição essencial para encontrar; é preciso que o coração arda com o desejo de alcançar o bem precioso, ou seja, o Reino de Deus que se faz presente na pessoa de Jesus. É Ele o tesouro escondido, é Ele a pérola de grande valor. Ele é a descoberta fundamental, que pode fazer uma mudança decisiva na nossa vida, enchendo-a de significado. Face à descoberta inesperada, quer o camponês quer o mercador dão-se conta de ter uma ocasião única que não querem perder, e por isso vendem tudo o que possuem. A avaliação do valor inestimável do tesouro leva a uma decisão que implica também sacrifícios, desprendimentos e renúncias. Quando o tesouro e a pérola foram descobertos, ou seja, quando encontrámos o Senhor, é necessário que esta descoberta não seja estéril, mas deve-se sacrificar por ela qualquer outra coisa. Não se trata de desprezar o resto, mas de o subordinar a Jesus, pondo-O em primeiro lugar. A graça do primeiro lugar. (Angelus de 30 de julho de 2017)