Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Os conterrâneos conheciam Jesus por sua condição humilde e agora o desprezaram por inveja. A inveja, ao invés, do reconhecimento e admiração, do alegrar-se pelo outro, faz o contrário: o desconsidera. Como não se consegue fazer o que o outro faz, se rejeita o outro! Como gostaria de ter o esposo ou esposa que a outra tem! Ter o carro que ele possui! Cobiçar coisas e rejeitar pessoas. Do Evangelho entendemos que isso tem a ver com a falta de fé.
Palavras do Santo Padre
Detenhamo-nos na atitude dos concidadãos de Jesus. Poderíamos dizer que eles conhecem Jesus, mas não o reconhecem. Há uma diferença entre conhecer e reconhecer. (…) na verdade, nunca repararam quem é realmente Jesus. Limitam-se à exterioridade e rejeitam a novidade de Jesus. E aqui entramos diretamente no cerne do problema: quando deixamos prevalecer o conforto do hábito e a ditadura dos preconceitos, é difícil abrirmo-nos à novidade e deixarmo-nos surpreender. (…) Mas sem abertura à novidade e acima de tudo – escutai bem – abertura às surpresas de Deus, sem espanto, a fé torna-se uma ladainha cansada que morre lentamente e se torna um hábito, um hábito social. Eu disse uma palavra: espanto. O que é o espanto? O espanto é precisamente quando o encontro com Deus acontece: «Encontrei o Senhor». Mas leiamos o Evangelho: muitas vezes, as pessoas que encontram Jesus e o reconhecem, sentem-se maravilhadas. E nós, mediante o encontro com Deus, devemos seguir por este caminho: sentir maravilha. É como o certificado de garantia de que esse encontro é verdadeiro, não é habitual. (Angelus de 4 de julho de 2021)