No tempo de Jesus as pessoas judias maiores de 20 anos de idade pagavam uma taxa para a manutenção do templo. No Evangelho de hoje é perguntado se Jesus também paga a taxa. Pedro responde afirmativamente e indo pescar paga por Jesus e por ele, para não escandalizar ninguém.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Com sua morte e ressurreição, Jesus nos tornou livres. Enquanto pessoas livres a nossa única obrigação é o amor fraterno para com todos. O Evangelho nos revela que mesmo não sendo devido, Jesus e Pedro pagam os impostos do templo. O que aprendemos desse exemplo de Jesus?
Palavras do Santo Padre
A pregação evangélica nasce da gratuidade, da admiração da salvação que vem e o que recebemos gratuitamente, devemos dar de graça. E desde o início foi assim. São Pedro não tinha uma conta bancária e, quando teve de pagar os impostos, o Senhor o enviou ao mar para pescar um peixe e encontrar a moeda dentro do peixe, para pagar. […] Tudo é graça. Tudo. E quais são os sinais de quando um apóstolo vive essa gratuidade? Primeiro, a pobreza. A proclamação do Evangelho deve seguir o caminho da pobreza. O testemunho dessa pobreza: não tenho riquezas, minha riqueza é apenas o dom que recebi, Deus. Essa gratuidade: essa é a nossa riqueza! E essa pobreza nos salva de nos tornarmos organizadores, empreendedores… É preciso realizar as obras da Igreja, e algumas são um pouco complexas; mas com um coração de pobreza, não com o coração de um investidor ou empresário, não? […] Quando encontramos apóstolos que querem enriquecer a Igreja, sem a gratuidade do louvor, a Igreja envelhece, a Igreja se torna uma ONG, a Igreja não tem vida. Peçamos hoje ao Senhor a graça de reconhecer essa gratuidade: “gratuitamente recebestes, de graça dais”. Reconhecer essa gratuidade, esse dom de Deus. E nós também vamos em frente na pregação evangélica com essa gratuidade. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 11 de junho de 2013)