Pedro havia trabalhado a noite toda e não havia pescado nada. Mas em atenção à palavra de Jesus, lançou as redes em horário impróprio para a pesca e o resultado foi surpreendente: apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Deus pode pedir coisas para nós que parecem estar fora de hora. Mas se confiarmos em sua palavra e agirmos por causa dela, veremos coisas grandes. Aqui as barcas se encheram de peixes; lá sobraram 12 cestos de pães; Ele promete cem vezes mais a quem o segue. Sua medida é sacudida, é generosa, é transbordante. O seu amor é imenso! Você já experimentou em sua vida a transbordante providência de Deus?
Palavras do Santo Padre
«Trabalhamos a noite inteira e nada apanhamos» (v. 5), diz Simão. Quantas vezes também nós ficamos com uma sensação de derrota, enquanto o desapontamento e a amargura surgem no coração. Dois carunchos muito perigosos. O que faz então o Senhor? Escolhe precisamente entrar na nossa barca. Dali quer anunciar o Evangelho. Aquela barca vazia, o símbolo da nossa incapacidade, torna-se a “cátedra” de Jesus, o púlpito do qual ele proclama a Palavra. O Senhor gosta de fazer isto – o Senhor é o Senhor das surpresas, dos milagres nas surpresas: entrar na barca da nossa vida quando nada temos para lhe oferecer; entrar nos nossos vazios e enchê-los com a sua presença; servir-se da nossa pobreza para proclamar a sua riqueza, das nossas misérias para proclamar a sua misericórdia. […] Com Jesus, navegamos no mar da vida sem temor, sem ceder à desilusão quando não pescamos nada, e sem ceder ao “não há mais nada a fazer”. Sempre, tanto na vida pessoal como na vida da Igreja e da sociedade, há algo de belo e corajoso que pode ser feito, sempre. Podemos recomeçar sempre, o Senhor convida-nos a pôr-nos sempre em questão porque Ele abre novas possibilidades. (Angelus de 6 de fevereiro de 2022)