Em Nazaré, sua terra natal, num sábado, Jesus começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: de onde recebeu tudo isso? Como conseguiu tanta sabedoria, ele que é filho de José e de Maria? E esses milagres que ele realiza com as suas mãos? Jesus, por sua vez, admirou-se com a falta de fé deles.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
A falta de fé não permitiu que os conterrâneos aceitassem o ensinamento de Jesus. Tinham Jesus junto a si, viram seus milagres, mas faltava-lhes a fé e, então, perderam tudo. Vamos pedir, com insistência que Deus nos ajude em nossa fé: eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé.
PALAVRAS DO SANTO PADRE
O obstáculo que impede aquelas pessoas de reconhecer a presença de Deus em Jesus é a constatação de que Ele é humano, é simplesmente o filho do carpinteiro José: como pode Deus, todo-poderoso, revelar-se na fragilidade da carne de um homem? Como pode um Deus, todo-poderoso e forte, que criou a terra e libertou o seu povo da escravatura, tornar-se fraco a ponto de vir na carne e de se abaixar para lavar os pés aos discípulos? Este é o escândalo! Irmãos e irmãs, uma fé fundada num Deus humano, que se abaixa perante a humanidade, que se preocupa com ela, que se comove com as nossas feridas, que toma sobre si o nosso cansaço, que se parte como pão por nós. (…) é um escândalo! (…) Precisamos do escândalo da fé – uma fé enraizada no Deus que se fez homem e, portanto, uma fé humana, uma fé de carne, que entra na história, que acaricia a vida das pessoas, que cura o coração dilacerado, que se torna fermento de esperança e semente de um mundo novo. (Celebração Eucarística em Trieste, 7 de julho de 2024)