Jesus enviou os discípulos dois a dois, dando-lhes poder sobre os demônios. Recomendou-lhes também que vivessem uma vida despojada.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Jesus enviou os discípulos dois a dois certamente para um ajudar o outro, mas também porque a missão de Jesus é nos ensinar a viver do modo que Deus vive, em comunidade. Já, o envio sem recursos materiais coloca os discípulos na atitude de humildade e acolhida para com aqueles que os quiserem ajudar. E quem os ajuda entra na dinâmica da partilha, da doação que caracteriza a vida do Evangelho. Então, deixar-se ajudar, deixar-se amar também é evangelizar.
Palavras do Santo Padre
No Evangelho, Jesus recomenda que não se digam muitas palavras, mas que se façam muitos gestos de amor e de esperança em nome do Senhor; não dizer muitas palavras, mas fazer gestos: «Curai os doentes, diz, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça, de graça dai» (Mt 10, 8). Eis o cerne do anúncio: o testemunho gratuito, o serviço. Digo-vos algo: fico sempre muito perplexo com os “paroleiros”, com o seu muito falar e nada fazer. Façamos aqui algumas perguntas: nós, que cremos no Deus próximo, confiamos n’Ele? Sabemos olhar para a frente com confiança, como uma criança que sabe que está no colo do pai? Sabemos sentar-nos no colo do Pai na oração, na escuta da Palavra, aproximando-nos dos Sacramentos? E por fim, abraçados a Ele, sabemos incutir coragem nos outros, fazer-nos próximos de quem sofre e está só, de quem está distante e até de quem nos é hostil? Eis a realidade da fé, é isto que conta! (Angelus de 18 de junho de 2023)