Citando o profeta Isaías, Jesus censurou os fariseus: este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Podemos nos apresentar bem bonitinhos externamente, cumprindo as regras e tudo, mas interiormente estarmos com o coração longe de Deus. Estamos no ano santo jubilar, cuja meta é nos tornar peregrinos de esperança. Para aproximar o nosso coração de Deus, eu lhe apresento uma proposta: a confissão. Que ninguém ultrapasse um ano sem se confessar. Confessar-se é gratuito e nos aproxima de Deus. Faça a experiência! Se você não estiver em condições de se confessar, não se desespere, pois Deus é rico em misericórdia e lhe perdoará de outra forma. Celebramos hoje Nossa Senhora de Lourdes e o Dia Mundial dos Enfermos. E pedimos a esta Mãe querida que cuide de todos nós.
Palavras do Santo Padre
A narração inicia com a objeção que os escribas e os fariseus dirigem a Jesus, acusando os seus discípulos de não seguirem os preceitos rituais segundo as tradições. Deste modo, os interlocutores pretendiam prejudicar a credibilidade e a autoridade de Jesus como Mestre, pois diziam: «Mas este mestre deixa que os discípulos não cumpram as prescrições da tradição». Contudo, Jesus reage incisivamente e responde: «Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, quando escreveu: “Este povo honra-Me com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Vão é o culto que me prestam, e as doutrinas que ensinam não passam de preceitos humanos”» (vv. 6-7). Assim diz Jesus. Palavras claras e fortes! (…) Também hoje o Senhor nos convida a evitar o perigo de dar mais importância à forma do que à substância. Exorta-nos a reconhecer, sempre de novo, aquele que é o verdadeiro centro da experiência de fé, ou seja, o amor de Deus e o amor do próximo, purificando-a da hipocrisia do legalismo e do ritualismo. (Angelus de 2 de setembro de 2018)