Evangelho de Mateus 5,20-26

Quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, disse Jesus.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Quando não estamos de bem com uma pessoa é justamente ela que se repropõe à nossa mente, repetidas vezes. Na verdade, é o Espírito Santo que nos propõe a pessoa, provocando-nos à reconciliação. Observe: a rejeição da reconciliação consome muito mais energia, ao longo do tempo, do que o pedido de perdão, que dói momentaneamente, mas gera uma imensa alegria. Algumas vezes não será possível a reconciliação, mas o perdão sempre é possível, mesmo se difícil.

Palavras do Santo Padre

De tudo isto compreende-se que Jesus não dá importância simplesmente à observância disciplinar e à conduta exterior. Ele vai à raiz da Lei, apostando sobretudo na intenção e por conseguinte no coração humano, onde têm origem as nossas ações boas e más. A fim de obter comportamentos bons e honestos não são suficientes as normas jurídicas, mas são necessárias motivações profundas, expressão de uma sabedoria escondida, a Sabedoria de Deus, que pode ser acolhida graças ao Espírito Santo. E nós, através da fé em Cristo, podemos abrir-nos à ação do Espírito, que nos torna capazes de viver o amor divino. À luz deste ensinamento de Cristo, cada preceito revela o seu pleno significado como exigência de amor, e todos se reconhecem no maior mandamento: ama a Deus com todo o coração e ama o próximo como a ti mesmo. (Angelus de 16 de fevereiro de 2014)