Jesus contou uma parábola. Um homem rico se vestia com roupas finas e fazia festas todos os dias. Havia também um pobre, que estava à porta do rico e queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. Depois da morte, os dois tiveram destinos bem diferentes.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
É ridícula a atitude de quem acumula muitos bens e não nenhuma sensibilidade para olhar com compaixão a quem sofre ao seu redor. Pior ainda quando o acúmulo é às custas desses mesmos pobres. E imaginar que nada nos pertence, tudo é de Deus e terminada essa vida partiremos sem nada dela. Na narração o rico não tem nome. Nos Evangelhos quando um personagem não tem nome, é sinal de que pode ser qualquer um de nós tal rico epulão.
Palavras do Santo Padre
Para nos convertermos, não devemos aguardar acontecimentos prodigiosos, mas abrir o nosso coração à Palavra de Deus, que nos chama a amar a Deus e ao próximo. A Palavra de Deus pode fazer renascer um coração que se tornou insensível e curá-lo da sua cegueira. O rico conhecia a Palavra de Deus, mas não permitiu que ela entrasse no seu coração, não a ouviu, e por isso foi incapaz de abrir os olhos e de sentir compaixão pelo pobre. Nenhum mensageiro nem mensagem alguma poderão substituir os pobres que encontramos no caminho, porque neles é o próprio Jesus que vem ao nosso encontro: «Todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes» (Mt 25, 40), diz Jesus. Assim, na inversão dos destinos que a parábola descreve está escondido o mistério da nossa salvação, na qual Cristo une a pobreza à misericórdia. Caros irmãos e irmãs, ouvindo este Evangelho, todos nós, juntamente com os pobres da terra, podemos entoar com Maria: «Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos» (Lc 1, 52-53). (Audiência Geral de 18 de maio de 2016)