Evangelho de João 4,43-54
Um funcionário do rei pede a Jesus que cure o seu filho: Senhor, desce lá em casa antes que meu filho morra! Jesus lhe disse: podes ir, teu filho está vivo! Ele foi e verificou que tudo ocorreu conforme havia dito Jesus.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Quando uma doença ou perigo de morte bate às portas de nossa família, quando ameaça algum filho, o pai e a mãe fazem tudo o que está ao seu alcance para socorrer. Aquele funcionário do rei, pagão, com certeza, tinha feito tudo o que podia, mas não obtendo resultados, não lhe restou que recorrer a Jesus. E Deus ouviu seu pedido e o coração daquele pai foi confortado. Em resposta, ele abraçou a fé com toda a sua família. Dá-nos a graça, Senhor, de abraçarmos a fé como família!

Palavras do Santo Padre

“Se não virdes milagres e prodígios, não acreditais”. Mas em vez de se calar e ficar quieto, o funcionário insiste dizendo-lhe: “Senhor, desce, antes que o meu filho morra!”. E Jesus responde-lhe: “Vai, o teu filho está vivo”. São necessárias três condições para uma verdadeira oração. A primeira é a fé: se não tiverdes fé… E muitas vezes, a oração é somente oral, com os lábios… mas não vem da fé do coração, ou uma fé fraca… A segunda condição, que o próprio Jesus nos ensina, é a perseverança. Alguns pedem, mas a graça não vem: não têm a perseverança, porque no fundo não precisam dela, ou não têm fé. Levar a oração a sério, não como os papagaios: blá blá blá e nada mais… É o próprio Jesus que nos repreende: “Não sejais como os pagãos, que acreditam na eficácia da oração à força da multiplicação das palavras”. Não. A perseverança. A fé. E a terceira condição de Deus para a oração é a coragem. Alguém pode pensar: é preciso ter coragem para rezar e para se colocar diante do Senhor? Sim. A coragem de ficar ali a pedir e insistir. A virtude da coragem é realmente necessária. Não somente para as obras apostólicas, mas também para a oração. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 23 de março de 2020)