Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Quando uma doença ou perigo de morte bate às portas de nossa família, quando ameaça algum filho, o pai e a mãe fazem tudo o que está ao seu alcance para socorrer. Aquele funcionário do rei, pagão, com certeza, tinha feito tudo o que podia, mas não obtendo resultados, não lhe restou que recorrer a Jesus. E Deus ouviu seu pedido e o coração daquele pai foi confortado. Em resposta, ele abraçou a fé com toda a sua família. Dá-nos a graça, Senhor, de abraçarmos a fé como família!
Palavras do Santo Padre
“Se não virdes milagres e prodígios, não acreditais”. Mas em vez de se calar e ficar quieto, o funcionário insiste dizendo-lhe: “Senhor, desce, antes que o meu filho morra!”. E Jesus responde-lhe: “Vai, o teu filho está vivo”. São necessárias três condições para uma verdadeira oração. A primeira é a fé: se não tiverdes fé… E muitas vezes, a oração é somente oral, com os lábios… mas não vem da fé do coração, ou uma fé fraca… A segunda condição, que o próprio Jesus nos ensina, é a perseverança. Alguns pedem, mas a graça não vem: não têm a perseverança, porque no fundo não precisam dela, ou não têm fé. Levar a oração a sério, não como os papagaios: blá blá blá e nada mais… É o próprio Jesus que nos repreende: “Não sejais como os pagãos, que acreditam na eficácia da oração à força da multiplicação das palavras”. Não. A perseverança. A fé. E a terceira condição de Deus para a oração é a coragem. Alguém pode pensar: é preciso ter coragem para rezar e para se colocar diante do Senhor? Sim. A coragem de ficar ali a pedir e insistir. A virtude da coragem é realmente necessária. Não somente para as obras apostólicas, mas também para a oração. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 23 de março de 2020)