Evangelho de João 10,31-42
Naquele tempo, os judeus pegaram pedras para apedrejar Jesus. E ele lhes disse: por ordem do Pai, mostrei-vos muitas boas obras. Por qual delas quereis me apedrejar?

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Apresento a você algumas das boas obras de Jesus: a sua convivência entre nós, os seus gestos de partilha do pão, os seus passos fazendo-se peregrino indo na direção dos pobres, o seu abraço acolhedor às pessoas simples, o seu carinho para com os doentes, a sua atenção carinhosa para com as crianças e as mulheres, o seu modo de se relacionar com os pecadores, os milagres de amor que fez. Tudo isso são as suas boas obras! Às vésperas da Semana Santa, preparemo-nos para as grandes celebrações pascais realizando também nós, obras de misericórdia para com o próximo, seguindo o exemplo de Jesus.

Palavras do Santo Padre

Esta reconciliação é recriação do mundo e a missão mais profunda de Jesus: a redenção de todos nós, pecadores. E Jesus faz isto não com palavras, nem com gestos ou caminhando nas ruas, não! Fá-lo com a sua carne. É precisamente Deus que se torna um de nós, homem, para nos curar a partir de dentro, a nós pecadores. (…) Esse é o maior milagre. E o que Jesus faz com isso? Ele nos torna filhos, com a liberdade dos filhos. E por isso podemos dizer: “Pai!” Ao contrário, nunca poderíamos dizer isso. “Pai!”, e dizer “Pai” com uma atitude tão boa e tão bonita. Com liberdade. Esse é o grande milagre de Jesus. Nós, escravos do pecado, nos libertou, nos curou bem no fundo de nossa existência. Será bom para nós pensarmos nisso e pensarmos quanto é belo ser filho. É tão bela essa liberdade dos filhos, porque o Filho está em casa. Jesus nos abriu as portas de casa, agora estamos em casa. (…) Essa é a raiz de nossa coragem: sou livre, sou filho, o Pai me ama e eu amo o Pai. Peçamos ao Senhor a graça de entender bem essa Sua obra, o que Deus fez n’Ele. Deus reconciliou o mundo consigo mesmo em Cristo, confiando a nós a palavra da reconciliação. E a graça de levar adiante essa palavra de reconciliação com força, com a liberdade de filhos. Somos salvos em Jesus Cristo e ninguém pode roubar de nós essa carteira de identidade: esse é o meu nome, filho de Deus. Bela carteira de identidade. Estado civil: livre. Que assim seja. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 7 de julho de 2013)