Evangelho de João 13,21-38

No decorrer da última ceia, Jesus confidenciou: Um de vocês me entregará. Ele se referia a Judas Iscariotes. De fato, em seguida, Satanás entrou em Judas. Depois de receber o pedaço de pão que lhe deu Jesus, Judas saiu da ceia. Era noite.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Judas Iscariotes se decepcionou com Jesus, pois ele imaginava um Messias diferente: cheio de poder, dominador, que derrotasse os romanos. Mas Jesus não buscava o poder e a glória, ao contrário, fazia-se servo por amor. A imagem que Judas tinha de Jesus o levou a trair. É importante verificar se a imagem que tenho de Deus em meu coração bate com a imagem bíblica: Jesus servo, humilde, simples, fraterno, próximo, amigo, misericórdia e amor sem limites. É assim nosso Deus revelado por Jesus Cristo.

Palavras do Santo Padre

A ovelha tresmalhada mais perfeita do Evangelho é Judas: um homem que sempre teve uma amargura no coração, algo para criticar nos outros, sempre à parte. Não conhecia a doçura da gratuitidade de viver com todos os outros. E dado que esta “ovelha” não estava satisfeita – Judas não era um homem satisfeito! – então fugia. Fugia porque era ladrão, outros são luxuriosos e outros… igualmente fogem porque têm a escuridão no coração que os afasta do rebanho. Estamos diante daquela vida dupla comum a tantos cristãos, e também, com dor, podemos dizer a sacerdotes e bispos. De resto, também Judas era bispo, foi um dos primeiros bispos… A ovelha tresmalhada. Pobrezinho! […] Nós devemos compreender as ovelhas tresmalhadas. De fato, também nós temos sempre algo, pequenino ou não tão pequenino, das ovelhas tresmalhadas. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 6 de dezembro de 2016)