Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João (18,1-19,42)

“Tenho um único bem sobre a terra: Jesus crucificado e abandonado. Não tenho outro Deus além dele.

Nele está todo o paraíso com a Trindade e toda a terra com a humanidade. Por isso, o seu é meu e nada mais. No alto da cruz a dor universal tornou-se sua, portanto, minha também.

Irei pelo mundo acolhendo as manifestações dele, o Crucificado, em cada momento da minha vida. No que me faz sofrer eu o encontro, nas turbulências que me invadem no presente. Por Ele, compartilharei a dor de quem está ao meu lado, como também tudo aquilo que não é paz, alegria, belo, amável, sereno…

Assim, espero que seja, pelos anos afora: Em sintonia com o Crucificado, acolher as angústias, as humilhações, enfim, onde Ele se manifestar.

Na comunhão com Ele, quero agir na plena transparência e assim passar como fogo que devora tudo o que deve cair e deixa em pé só a verdade. E essa graça eu peço a Ele, para cada momento presente da vida” (Chiara Lubich).

Palavras do Santo Padre

O Mistério que adoramos nesta Semana Santa é uma grande história de amor que não conhece obstáculos. […] A Sexta-feira Santa é o momento culminante do amor. A morte de Jesus, que na cruz se abandona ao Pai para conceder a salvação ao mundo inteiro, exprime o amor doado até o fim, sem fim. Um amor que pretende abraçar todos, sem exclusões. Um amor que se estende a todos os tempos e lugares: uma fonte inesgotável de salvação na qual cada um de nós, pecadores, pode beber. Se Deus nos demonstrou o seu amor supremo na morte de Jesus, então também nós, regenerados pelo Espírito Santo, podemos e devemos amar-nos uns aos outros. […] Deixemo-nos envolver por esta misericórdia que vem ao nosso encontro; e nestes dias, enquanto mantemos fixos os olhos na paixão e na morte do Senhor, acolhamos no nosso coração a grandeza do seu amor e, como Nossa Senhora no Sábado, em silêncio, na expectativa da Ressurreição. (Audiência Geral de 23 de março de 2016)