Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós os ramos e meu Pai é o agricultor, disse Jesus.
Como viver esse Evangelho no dia de hoje?
Nossa maior ameaça não vem de fora: O pior perigo emerge quando falta o amor fraterno entre nós, na comunidade e ao faltar à unidade com toda a Igreja, que tem no Papa o vigário de Cristo na terra. Posso fazer tudo certinho – segundo os meus critérios – mas, se não estou em comunhão com a Igreja, sou como um ramo cortado, ao qual não chega a seiva divina.
As palavras dos Papas
Desejo exortar-vos a terdes sempre total confiança na ação da graça divina. […] Com efeito, Jesus insiste em estar n’Ele, permanecer no Seu amor, ser varas enxertadas na Videira, para produzir abundantes frutos; Jesus adverte claramente: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5) e convida a orar sempre, sem desfalecer (Lc 18, 1). Nas várias crises hodiernas das ideias e costumes pode-se às vezes ficar desiludido e derrotado; como que sentir a hora do Getsêmani, a hora da Cruz. Mas deve também ser a hora da suprema confiança na “graça”, que age de modo invisível, imprevisto e misterioso, precisamente também mediante a inquietação da nossa impotência. Recordemos S. Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Ele, que não poupou o próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não havia de nos dar também, com Ele, todas as coisas?” (Rom 8, 31-32). Sede, portanto, sempre e sobretudo, almas que rezam, adoram e amam. Santa Catarina numa das suas Orações dizia: “Na vossa natureza, Divindade Eterna, conhecerei a minha natureza”. E perguntava a si mesma: “Qual é a minha natureza? É fogo!”. (São João Paulo II, Discurso às missionárias da Escola, Castel Gandolfo, 25 de agosto de 1980)