Evangelho de João 15,9-11

Como o Pai me amou, assim também eu vos amei, disse Jesus. Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

A alegria é a assinatura de Deus. A alegria plena, serena no rosto de uma pessoa é o sinal inequívoco do toque de Deus naquela alma. Onde chega Deus as portas da alegria são escancaradas. Como faço para saber se alguém traz consigo o Senhor Deus? Há um sinal visível: Se ao encontrar essa pessoa ela me transmite alegria! Jesus deixou claro que a alegria plena está ligada diretamente à vivência do amor. Hoje celebramos uma santa muito amada pelo nosso povo. Santa Rita de Cássia: Rogai por nós.

As palavras dos Papas

Podemos formular a pergunta, como permanecemos neste amor? Jesus diz: «Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor» (v. 10). Jesus resumiu os seus mandamentos num só, este: «Amai-vos uns aos outros como eu vos amei» (v. 12). […] Amar como Cristo significa dizer não a outros “amores” que o mundo nos propõe: amor ao dinheiro – quem ama o dinheiro não ama como Jesus ama – amor ao sucesso, à vaidade, ao poder… Estas formas enganadoras de “amor” afastam-nos do amor do Senhor e levam-nos a tornar-nos cada vez mais egoístas, narcisistas, prepotentes. E a prepotência leva a uma degeneração do amor, a abusar dos outros, a fazer sofrer a pessoa amada. Penso no amor doentio que se transforma em violência – e quantas mulheres são hoje vítimas de violências. Isto não é amor. Amar como o Senhor nos ama significa apreciar a pessoa ao nosso lado, e respeitar a sua liberdade, amá-la como é, não como queremos que seja; como é, gratuitamente. Em última análise, Jesus pede-nos que permaneçamos no seu amor, que habitemos no seu amor, não nas nossas ideias, não no culto de nós mesmos. Quem habita no culto de si mesmo, habita no espelho: sempre a olhar para si. Ele pede-nos para sairmos da pretensão de controlar e gerir os outros. Não controlar, servi-los. Abrir o coração aos outros, isto é amor, e entregar-nos aos outros. (Papa Francisco, Regina Caeli, 9 de maio 2021)