Evangelho de João 17,1-11
Na oração sacerdotal da última ceia, Jesus entrega aos discípulos o segredo de Deus: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. O nosso Deus: Pai e Filho e Espírito Santo vive o amor recíproco na sua essência mais pura e nos convida a fazermos o mesmo em nossos relacionamentos.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Todos os dias e o dia todo, a vivência concreta do amor nos desafia. Estaremos longe disso se o mundanismo tomar conta de nós, com o egoísmo, fazendo as coisas em prol de nós mesmos, carregando-nos de privilégios. Se assim você estiver é preciso conversão. Se não vivermos como Deus orienta nem sequer saberemos o que é a alegria verdadeira.

As palavras dos Papas

A oração que Jesus recita por Si mesmo é o pedido da sua glorificação, da própria «elevação» na sua «Hora». Na realidade, é mais do que um pedido e a declaração de plena disponibilidade a entrar, livre e generosamente, no desígnio de Deus Pai que se cumpre no ser entregue e na morte e ressurreição. […] Não é por acaso que Ele começa a prece sacerdotal, dizendo: «Pai, chegou a hora: glorifica o teu Filho, para que o Filho te glorifique» (Jo 17, 1). A glorificação que Jesus pede para Si mesmo, como Sumo Sacerdote, é o ingresso na obediência mais plena ao Pai, uma obediência que o leva à sua condição filial mais completa: «E agora, Pai, glorifica-me diante de ti com aquela glória que Eu tinha em Ti antes da criação do mundo» (Jo 17, 5). Esta disponibilidade e este pedido são o primeiro ato do novo sacerdócio de Jesus, que é um doar-se totalmente na cruz, e precisamente na cruz — o supremo gesto de amor — Ele é glorificado, porque o amor é a glória autêntica, a glória divina.