Evangelho de Evangelho de Marcos 2,18-22

Perguntaram a Jesus por que os discípulos de João Batista jejuavam e os seus não. Ele respondeu: os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles?

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

A aliança entre Deus e Israel é interpretada na história do povo eleito como uma aliança esponsal. Jesus é o Messias e se apresenta como o noivo esperado há séculos. A sua presença faz transbordar a alegria, assim como tudo o que está ao redor do noivo remete a alegria. Os seus discípulos estão contagiados por essa alegria. E daqui brota uma verdade: quem se aproxima de Jesus, poderá passar por momentos de dificuldades, de sofrimentos, mas não será uma pessoa triste.

Palavras do Santo Padre

O estilo acusatório é o estilo dos crentes que procuram sempre acusar o próximo, vivem acusando: “Não, mas isto, isso, não, aquele não está certo, ele era um bom católico” e sempre desqualificam os outros. É um estilo — diria — de promotores de justiça falhados: procuram sempre acusar o próximo. Mas agindo assim não se dão conta de que é o estilo do diabo: na Bíblia o diabo é chamado o “grande acusador”, acusa sempre os outros. […] O Senhor ofereceu-te o vinho novo, mas tu não mudaste os odres, não os mudaste. A mundanidade, arruína muitas pessoas, muita gente! Até pessoas boas entram neste espírito da vaidade, da soberba, do aparecer… Não há humildade, mas a humildade faz parte do estilo cristão. Por isso «devemos aprendê-la de Jesus, de Nossa Senhora, de São José: eram humildes. […] O estilo cristão consiste nas Bem-Aventuranças: mansidão, humildade, paciência nos sofrimentos, amor pela justiça, capacidade de suportar as perseguições, não julgar o próximo. Eis o espírito cristão, o estilo cristão: se quiseres saber como é o estilo cristão — para não cair neste estilo acusatório, no estilo mundano, no estilo egoísta — lê as Bem-Aventuranças. Este é o nosso estilo, as Bem-Aventuranças são os odres novos, o caminho a percorrer: para ser um bom cristão é preciso ter a capacidade de recitar o Credo com o coração, mas também de rezar o Pai-Nosso com o coração. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 21 de janeiro de 2019)