Escola da Fé

Na próxima Terça-Feira, dia 1, às 21H30, reiniciará a Escola da Fé. Sendo Outubro o mês Missionário por excelência, a sessão da Escola da Fé será dedicada às Missões e terá a colaboração do Grupo Missionário da Paróquia. Haverá, por isso, um testemunho missionário sobre o beato Giuseppe Allamano, fundador dos Institutos dos Missionários da Consolata. Relembramos que a Escola da Fé é aberta a todos os que desejarem participar.

Viver a Palavra

Evangelho de Lucas 9,1-6 Jesus convocou os Doze, enviou-os a proclamar o Reino de Deus, dando-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e enviou-lhes para curar doenças. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? Cada pessoa batizada e crismada recebeu o envio de Jesus para anunciar o Evangelho. Para isso não precisa ir longe. O nosso anúncio pode acontecer em casa e até sem palavras. A alegria do nosso rosto testemunha a criatividade de Deus! O nosso olhar manso fala da misericórdia divina. O bom exemplo ensina Deus! Os nossos gestos de bondade dão Deus para as pessoas! Uma pessoa me disse: eu estava mal naquela reunião, você veio, me abraçou e eu saí transformada. Palavras do Santo Padre Este episódio evangélico refere-se também a nós, e não só aos sacerdotes, mas a todos os batizados, chamados a testemunhar, nos vários ambientes de vida (…) Cristão algum anuncia o Evangelho «por conta própria», mas unicamente enviado pela Igreja que recebeu o mandato do próprio Cristo. É precisamente o Batismo que nos torna missionários. Um batizado que não sentir a necessidade de anunciar o Evangelho, de anunciar Jesus, não é um bom cristão. (…) A segunda característica do estilo do missionário é, por assim dizer, um rosto, que consiste na pobreza dos meios. O seu equipamento responde a um critério de sobriedade. (…) O Mestre quis que eles fossem livres e ligeiros, sem apoios nem favores, com a única certeza do amor d’Aquele que os envia, fortalecidos unicamente pela sua palavra que vão anunciar. (…) Não eram funcionários nem empresários, mas trabalhadores humildes do Reino. Tinham este rosto. E a este “rosto” pertence também a maneira como a mensagem é acolhida: com efeito, pode que acontecer não sejamos acolhidos nem ouvidos. Também isto é pobreza: a experiência da falência. A vicissitude de Jesus, que foi rejeitado e crucificado, antecipa o destino do seu mensageiro. E só se estivermos unidos a Ele, morto e ressuscitado, conseguiremos encontrar a coragem da evangelização. Angelus de (15 de julho de 2018)

Aceitar o que é e como é!

A maior percentagem do nosso desconforto interno vem do facto de não aceitarmos as coisas como são. Dito assim, parece fácil. Mas não é. Claro que colocamos as nossas expectativas e esperanças em tudo o que nos acontece. Olhamos para uma situação e vemos o seu potencial futuro ao invés de contemplarmos o que nos é dado a ver. Gostávamos que tivesse sido diferente. De ter escolhido de outra maneira, de naquele dia termos optado pelo caminho da direita ao invés de ter seguido em frente. Mas não sabemos. Nem sabíamos. A verdade é que tomamos as nossas decisões com base naquilo que sabemos (ou não sabemos) naquele momento. O problema é que quando nos “arrependemos” ou lamentamos escolhas prévias estamos a fazê-lo já com base no que aprendemos depois de as termos feito ou com base no que sabemos agora. Aceitar o que é (e como é) não significa ter uma postura passiva ou desinteressada. Não significa não querer saber ou não se importar. Significa ter a capacidade de olhar para as coisas exatamente como se nos apresentam e “dizer-lhes” que as recebemos. Que as queremos como são. Que estamos dispostos a ver para além do que nos pode parecer superficial. Vivemos rodeados de objetivos que nunca correspondem ao que já temos. Se temos esta casa, queremos outra. Se temos este carro, queremos outro. Se temos este trabalho, queremos outro. Como se a mera possibilidade de imaginar o nível seguinte nos desse um livre-trânsito para acreditar que o que vem depois é sempre melhor. Mesmo que consigamos melhores versões da vida que temos agora só a conseguiremos valorizar se soubermos ver o bom que já nos é dado a viver. Se continuarmos a correr para alcançar o que não existe corremos o risco de perder o que já temos. E isso vale para todas as situações na nossa vida. Lembro-me sempre das crianças que conheci em Moçambique. Pobres. Não tinham sapatos. Nem roupa. Nem comida. Nem casa ou saúde. Mas eram felizes porque não queriam ter nada mais do que aquilo que já tinham. (© iMissio)

Nunca dialogar com o diabo, que age através da superstição e da pornografia

O Papa Francisco retomou, nesta quarta-feira, 25 de setembro, o ciclo de catequeses com o tema “O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo guia o povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança”, e, com referência ao episódio narrado no evangelho de São Lucas (cf. Lc 4,1-2.13-14), quando Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto e lá foi tentado pelo demônio durante quarenta dias, refletiu, diante dos milhares de fiéis peregrinos reunidos na Praça São Pedro, sobre o Espírito Santo como nosso aliado na luta contra o espírito do mal. A existência do diabo Ao ir para o deserto, Jesus obedece a uma inspiração do Espírito Santo, liberta-se de Satanás e, em seguida, regressa à Galileia no poder do Espírito Santo, onde realizou curas e libertação de pessoas possuídas. Com essa premissa, o Papa destacou que hoje, em certos níveis culturais, acredita-se que o diabo não existe, sendo considerado apenas “um símbolo do inconsciente coletivo ou da alienação, uma metáfora”. Mas, acrescentou o Pontífice, como escreveu Charles Baudelaire: “a maior astúcia do diabo é convencer-nos de que ele não existe”: “O nosso mundo tecnológico e secularizado está repleto de magos, ocultismo, espiritismo, astrólogos, vendedores de encantos e amuletos e, infelizmente, de verdadeiras seitas satânicas. Tendo sido expulso pela porta, o demônio voltou, pode-se dizer, pela janela. Expulso pela fé, regressa com a superstição. E se você é supersticioso, está dialogando com o diabo, e com ele não se deve nunca dialogar.” A ação do mal Segundo Francisco, a prova mais forte da existência de Satanás não se encontra nos pecadores ou nos possuídos, mas nos santos. “É verdade que o diabo está presente e opera em certas formas extremas e desumanas do mal e da maldade que vemos à nossa volta. Contudo, é praticamente impossível, em casos individuais, chegar à certeza de que realmente é ele, dado que não podemos saber exatamente onde termina a sua ação e começa o nosso próprio mal.” Por isso, a Igreja é muito prudente e rigorosa no exercício do exorcismo, ao contrário do que acontece, infelizmente, em certos filmes”, sublinhou o Papa. “É na vida dos santos que o diabo é obrigado a sair à luz, a estar contra a luz. Mais ou menos todos os santos e grandes crentes testemunham a sua luta contra esta realidade sombria, e não se pode honestamente presumir que todos tenham sido iludidos ou simples vítimas dos preconceitos do seu tempo.” A tecnologia e a pornografia como oportunidades para o demónio Na cruz, Jesus derrotou para sempre o poder do príncipe deste mundo, destacou o Santo Padre. E, como dizia São Cesário de Arles: “o demônio está amarrado, como um cão numa corrente; não pode morder ninguém, exceto aqueles que, desafiando o perigo, se aproximam dele… Pode latir, pode insistir, mas não pode morder, exceto aqueles que o querem”. Infelizmente, o mundo atual oferece diversas maneiras que dão oportunidades ao diabo, alertou o Pontífice: “Por exemplo, a tecnologia moderna, além de muitos recursos positivos que devem ser apreciados, também oferece inúmeros meios para dar lugar ao diabo, e muitos aí caem. Pensemos na pornografia online, por trás da qual existe um mercado próspero: trata-se de um fenômeno muito difundido, contra o qual os cristãos devem, no entanto, precaver-se cuidadosamente e rejeitar vigorosamente.” Nunca dialogar com o tentador Francisco recordou ainda que Jesus nunca dialoga com o demônio: ou o expulsa, ou o condena, mas nunca dialoga. No deserto, Ele responde não com Suas próprias palavras, mas com a Palavra de Deus: “Irmãos, irmãs, nunca dialoguem com o diabo. Quando ele vem com as tentações, dizendo ‘ah, isso seria bom, aquilo seria bom’, pare! Eleve seu coração ao Senhor, reze a Nossa Senhora e expulse-o, como Jesus nos ensinou a fazer. […] Se você for tolo e disser ao diabo: ‘Ah, como você está?’, ele o destruirá. Mantenha distância. O diabo deve ser expulso. E todos nós, todos, temos experiência de como o diabo se aproxima com alguma tentação: quando sentimos isso, pare, mantenha distância; não se aproxime do cachorro preso na corrente.” A vitória de Cristo Ao concluir, o Papa acentuou que o reconhecimento da ação do diabo na história não deve ser motivo de desânimo, e o pensamento final deve ser, também neste caso, de confiança e segurança: “Cristo derrotou o diabo e deu-nos o Espírito Santo para fazer nossa a sua vitória. A própria ação do inimigo pode ser aproveitada em nosso favor, se, com a ajuda de Deus, a fizermos servir para a nossa purificação. Fiquem atentos, porque o diabo é astuto – mas nós, cristãos, com a graça de Deus, somos mais astutos do que ele.”  

Viver a Palavra

Evangelho de Lucas 8,19-21 Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem te ver, disseram a Jesus. E Ele: minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? Para sermos familiares de Jesus precisamos ouvir e colocar em prática a Palavra. Escreveu-nos a Jozinete da Silva Araújo: eu ouvi a Palavra e fiquei incomodada. Na primeira oportunidade que tive procurei um cunhado meu, que não nos falávamos há 48 anos, por coisa boba. Pedi seu perdão, nos perdoamos, nos abraçamos e até choramos. A família inteira se alegrou com isso. Estamos muito felizes e eu me sinto aliviada. Palavras do Santo Padre Podemos nos deter um pouco nesta palavra: família. Porque é uma realidade que mudou muito, e está mudando (…). Mas (…) as novidades, as verdadeiras novidades, só foram trazidas a este mundo por um: Jesus Cristo. A verdadeira revolução da família foi d’Ele. E a família, Ele também a renovou, Ele a transformou. (…) Isso é relatado nos três sinóticos de Mateus, Marcos e Lucas. Jesus está pregando no meio de seus discípulos e de outras pessoas e, a certa altura, dizem a ele: “Aqui fora estão tua mãe e teus parentes que te procuram”. (…) Ele volta o olhar para os que estão ao seu redor e diz: “Aqui está a minha mãe e meus irmãos!” E acrescenta: “Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai é meu irmão, irmã e mãe” (cf. Mt 12:46-50; Mc 3:31-35; Lc 8:19-21). (…) Essa palavra de Jesus renovou radicalmente a família, de modo que o vínculo mais forte e mais importante para nós, cristãos, não é mais o de sangue, mas é o amor de Cristo. Seu amor transforma a família, liberta-a das dinâmicas do egoísmo, que derivam da condição humana e do pecado, liberta-a e enriquece-a com um novo vínculo, ainda mais forte, mas livre, não dominado pelos interesses e convenções do parentesco, mas animado pela gratidão, pelo reconhecimento, pelo serviço recíproco. (Discurso aos peregrinos da Diocese de Asti, 5 de maio de 2023)