Concerto de Natal – Sé Catedral do Porto

O tradicional concerto de Natal apresentado pelo Coro da Sé terá lugar na noite de sábado, 21 de dezembro de 2024, às 21H30, apresentando duas obras corais-sinfónicas que até agora não foram incluídas em concerto entre nós. Trata-se do Magnificat de J. D. Zelenka e o Christmas Oratorio de Gottfried Homilius. Serão intérpretes o coso da Sé, a Orquestra do Alântico, com os solistas Raquel Mendes (soprano), Ana Isabel santos (contralto), Fernando Guimarães (tenor) e Job Tomé (baixo), com a direção de Tiago Ferreira. O Magnificat em ré maior, ZWV 108, de Jan Dismas Zelenka (1679-1745) constitui uma versão barroca do hino bíblico, curiosamente na mesma tonalidade do celebrado Magnificat de J. S. Bach, seu contemporâneo: enquanto Bach exercia o seu cargo na igreja luterana de Leipzig, Zelenka era mestre capela da catedral católica de Dresden. Ambos ficaram muito tempo esquecidos. O Magnificat em ré maior integra uma série de salmos e foi composto para os serviços de Vésperas em Dresden. O coro tem um papel proeminente nesta obra, cujo carácter festivo foi valorizado pelo acrescentamento de partes para dois trompetes e tímpanos. São numerosas as obras de inspiração litúrgica de Zelenka (vinte missas, responsórios, dois Magnificat e muitos salmos), que se integram no universo musical do período barroco. A obra profana é muito reduzida. O Christmas Oratorio, (Oratório de Natal), HoWV I.1, de  Gottfried August Homilius (1714-1785), é a sua segunda grande obra vocal impressa em sua vida. Valoriza a componente instrumental, pedindo um agrupamento invulgarmente numeroso. Segundo a indicação do Coro, apresenta o tema dos pastores, na altura muito apreciado e de uma forma muito sofisticada. Cada andamento apresenta um cenário diferente e distinto de todos os outros andamentos. Isto aplica-se à música pastoral, tendo como mote a visão e o prisma dos pastores, bem como à representação do anjo que anuncia o Nascimento de Cristo. Segundo o Diretor do Coro, Tiago Ferreira, estas duas obras ouvir-se-ão, possivelmente, em primeira audição nacional.

Festa de Natal

Organizada pelo grupo União Jovem, realiza-se no sábado, dia 14, às 21H30, no Auditório da Paróquia, a já tradicional Festa de Natal. O custo da entrada na festa é de, pelo menos, 1 bem (roupa, produtos de higiene pessoal, material escolar, etc), que será destinado à Associação Mundos de Vida, uma instituição que se dedica a promover o acolhimento familiar de crianças.

Noite de fados

Numa iniciativa do grupo “Move-te”, realiza-se na Sexta-Feira, dia 13, às 21H30, na cave do Centro Paroquial, uma noite de fados, que terá a participação de:

Viver é nascer aos poucos

Somos todos frágeis, porque todos temos limites, e não há nada de errado ou mau nisso. A fragilidade é muitas vezes confundida com ausência de valor. Mas o que é frágil não é fraco. Fraqueza é falta de qualidade. E todos atingimos, em muitos momentos das nossas vidas, os confins das nossas forças, talentos e possibilidades. Não por sermos fracos, mas por sermos humanos. Nessas alturas não estamos a falhar. Estamos a passar por um mau bocado, pelo que precisamos e merecemos a compaixão dos outros, não a sua condenação ou abandono. Muitas pessoas são acompanhadas apenas pela solidão, que lhes tenta abortar os sonhos. A solidão é um perigo. Tanto nos pode amassar até ficarmos dóceis, quanto nos pode magoar ao ponto de nos petrificar o coração. Umas vezes coroa-nos, outras crucifica-nos. Precisamos de nos abrir ao outro, ir à procura de nós e, ainda que nada encontremos, não desesperar, porque o que nos salva é dar um passo, outro e outro ainda, sem deixar de nos darmos à luz e de nos abrirmos à luz. Que cada dia me leve ao seguinte. Com esperança, fé e amor. O amor está sempre a nascer, e não para morrer, mas sim para viver e fazer viver. Nada nasce do nada. A felicidade é um equilíbrio em que se tem os pés bem assentes na terra e o coração no alto dos céus. Hoje, nascemos outra vez. Aceitemo-nos e cuidemos bem de nós, como recém-nascidos: frágeis, mas com valor infinito! (© iMissio)

Viver a Palavra

Evangelho de Lucas 5,17-26 Alguns homens trouxeram um paralítico num leito e procuravam fazê-lo entrar onde Jesus estava. Não conseguindo, devido à multidão, subiram ao telhado e por entre as telhas o desceram diante de Jesus. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao homem: os teus pecados estão perdoados. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? Não devo pensar somente em mim neste Natal, mas preciso ter sensibilidade para o outro que pode estar precisando de mim. Aproveite deste advento para crescer na sensibilidade para com o próximo: dê-lhe verdadeira atenção, escuta, tempo; tenha paciência, misericórdia e se for preciso, coloque a mão no bolso para ajudá-lo. Uma música de Natal diz assim: meu caro irmão, olha pra dentro do seu coração, vê se o Natal se tornou conversão e te ensinou a viver. Palavras do Santo Padre Olha para o paralítico e diz: “Teus pecados estão perdoados”. A cura física é uma dádiva, a saúde física é uma dádiva que devemos custodiar. Mas o Senhor nos ensina que a saúde do coração e a saúde espiritual também devem ser protegidas. Aqui há uma palavra de Jesus que talvez possa nos ajudar: “Filho, teus pecados estão perdoados”. Será que estamos acostumados a pensar nesse remédio do perdão de nossos pecados, de nossos erros? Nós nos perguntamos: “Devo pedir perdão a Deus por alguma coisa?”. “Sim, sim, em geral, todos somos pecadores”, e assim isso se dilui e perde sua força, essa força de profecia que Jesus tem quando vai ao essencial. E hoje Jesus diz para cada um de nós: “Eu quero perdoar os teus pecados”. É uma coisa simples que Jesus nos ensina quando vai ao essencial. O essencial é a saúde, toda: do corpo e da alma. Cuidamos bem da saúde do corpo, mas também da saúde da alma. E vamos ao Médico que pode nos curar, que pode perdoar os pecados. Jesus veio para isso, deu sua vida para isso. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 17 de janeiro de 2020)