Viver a Palavra

Evangelho de Lucas 10,1-12 Jesus escolheu outros 72 discípulos e os enviou, dois a dois, na sua frente, a toda cidade e lugar aonde Ele próprio devia ir. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? Depois de ter enviado os 12 apóstolos, agora envia 72, isto é mais 6 grupos de 12. Portanto, temos a totalidade: 7 grupos de missionários. E o número 12 indica a totalidade do povo. Em síntese: todos os discípulos de Jesus são enviados em missão para a totalidade do mundo. Bem-vindo então você também no grupo dos enviados a evangelizar, caso ainda não se sentisse parte desse povo maravilhoso! Palavras do Santo Padre A página do Evangelho de hoje apresenta Jesus que além dos doze apóstolos envia em missão setenta e dois discípulos. Provavelmente o número setenta e dois indica todas as nações. Com efeito, no livro do Génesis mencionam-se setenta e duas nações diferentes (cf. 10, 1-32). Assim, este envio prefigura a missão da Igreja de anunciar o Evangelho a todos os povos. Àqueles discípulos, Jesus diz: «A messe é abundante, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe a fim de que envie trabalhadores para a sua messe!» (v. 2). Este pedido de Jesus é sempre válido. Devemos rezar incessantemente ao «dono da messe», isto é, a Deus Pai, a fim de que envie operários para trabalhar no seu campo, que é o mundo. […] Ao enviar os setenta e dois discípulos, Jesus dá-lhes instruções específicas, que manifestam as caraterísticas da missão. A primeira — já vimos — é rogai; a segunda, ide; e depois: Não leveis bolsa, nem alforje…; dizei: «A paz esteja nesta casa»… Permanecei naquela casa… Não andeis de casa em casa… Curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: «O Reino de Deus já está próximo de vós!»; e, se não vos receberem, saí à praça pública e despedi-vos. […] Se for vivida nestes termos, a missão da Igreja será caraterizada pela alegria. (Angelus de 7 de julho de 2019)

Viver a Palavra

Evangelho de Mateus 18,1-5.10 Hoje é memória dos santos anjos da guarda. Referindo-se às crianças, Jesus disse aos discípulos: não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? Cada um de nós é acompanhado por um anjo invisível, como protetor. A Bíblia nos conta – por exemplo – que os anjos protegeram os patriarcas. O Apóstolo Pedro foi libertado da cadeia pelo seu anjo. Veja só: Jesus disse que fomos presenteados individualmente com um Santo Anjo para nos ajudar, como companheiro na dura caminhada da vida. Isso é bonito demais!  

Intenções do Papa para o mês de Outubro

Intenção – Por uma missão comum Rezemos para que a Igreja continue a apoiar de todas as formas um modo de vida sinodal, sob o signo da corresponsabilidade, promovendo a participação, a comunhão e a missão partilhada entre sacerdotes, religiosos e leigos. Atitudes para o mês CORRESPONSABILIDADE “O caminho que Deus mostra à Igreja é precisamente o de viver de maneira mais intensa e concreta a comunhão e caminhar juntos. Convida-a a superar os modos de agir autónomos ou que, como os carris paralelos do comboio, nunca se encontram”. (Papa Francisco) Que responsabilidade deves assumir na comunicação e no trabalho conjunto da tua comunidade? ABRIR-SE A UMA MISSÃO PARTILHADA “Partilhar a missão aproxima pastores e leigos, dá-lhes um propósito comum, manifesta a complementaridade dos diversos carismas e, por isso, suscita em todos o desejo de caminhar juntos”. (Papa Francisco) Aproxima-te dos que são responsáveis pela tua comunidade e oferece a tua ajuda e as ideias que tenhas. PROMOVER E AJUDAR À PARTICIPAÇÃO “Os leigos não são ‘hóspedes’ na Igreja; encontram-se na sua própria casa; por isso, estão chamados a encarregar-se dela”. (Papa Francisco) Uma pessoa cuida do que é seu. Sentes que a Igreja é a tua casa? Encarregas-te ativamente do teu papel na comunidade? Deixas que outros participem? FAVORECER A ESCUTA E O DISCERNIMENTO “Queridos irmãos e irmãs, bom caminho, juntos! Que possamos ser peregrinos apaixonados pelo Evangelho, abertos às surpresas do Espírito Santo. Não percamos as oportunidades de graça do encontro, da escuta recíproca, do discernimento, com a alegria de saber que, enquanto buscamos o Senhor, é Ele quem vem primeiro ao nosso encontro, com o seu amor”. (Papa Francisco) Nas decisões comunitárias, abre-te à escuta e ao discernimento com outros; verás que o Espírito fala sempre na comunidade que se une em nome de Jesus. APOIAR SEMPRE UM ESTILO DE VIDA SINODAL “Seria tão bom que todos tivéssemos, no coração e na mente, esta bela visão da Igreja: uma Igreja orientada para a missão, onde se juntam forças e caminhamos juntos para evangelizar … onde se vive uma verdadeira fraternidade entre leigos e pastores”. (Papa Francisco) Que visão tens da Igreja? Não tenhas medo de te abrir aos outros: cada um enriquece de maneira única a comunidade.  

Ninguém é tão rico que não…

Ninguém é tão rico que não tenha nada a receber, nem tão pobre que não tenha nada para dar. E voltamos nós aos ditados cheios de sabedoria popular.  Este em particular recorda-me a humildade que devemos ter tanto no ato de dar como no ato de receber. Somos pródigos em atestar a felicidade e o bem estar do outro: ”tu é que estás bem”, “tu é que tens sorte” e em especial quando essa pessoa ostenta um bem-estar monetário que muitas vezes camufla o medo da perda ou o vazio de quem parece que não precisa de ambicionar nada mais. Felizes os ricos… que não a usam como fim mas como meio para a sua satisfação pessoal, sem medo de tomar as dores daqueles que, menos abastados, carecem de tanto e que podem ver as suas angústias mitigadas com alguma estabilidade financeira. Mas, mesmo que abastados monetariamente, acredito que no íntimo todos ambicionam algo mais que não se resuma a bens materiais mas que faça sentir uma alegria impagável. E sabes, amiga, esse prazer geralmente não se traduz em algo físico. Há sempre algo que nos falta, precisamos é de humildade para a procurar. Por outro lado, a segunda parte deste provérbio recorda que quem sabe o quanto custa ter algo, as lutas, e as dificuldades, tende a ter mais empatia por quem passa pelo mesmo. Geralmente se pedires a alguém “pobre” ele tenderá a partilhar o pouco que tem para aliviar a tua dor. Mas nem sempre é assim! Há ricos cheios de soberba, cheios de tudo que se recusam a assumir que falta o que quer que seja e há ricos que já partilham com generosidade o que têm porque já aprenderam que é ”dando que se recebe”. Há pobres que cheios de arrogância, se recusam a dar e até a receber e preferem ser os pobres e desgraçados a arregaçar mangas, e há pobres que não se limitam a dar o que sobra, mas a dar o que lhes faz falta. Sim, porque partilhar o que te sobra é fácil, mas partilhar o que tens e que também te faz falta é AMOR. Independentemente se ser rico ou pobre, todos temos muito para dar e muito para receber e embora nem sempre esta balança pareça equilibrada compete-nos a nós saber o que pomos em cada prato. E tu como estamos de equilíbrio? (© iMissio)

XXVI Domingo do Tempo Comum

A Palavra de Deus do XXVI Domingo do Tempo Comum apresenta várias sugestões para que os crentes possam purificar a sua opção e integrar, de forma plena e total, a comunidade do Reino. Uma das sugestões mais importantes (que a primeira leitura apresenta e que o Evangelho recupera) é a de que os crentes não pretendam ter o exclusivo do bem e da verdade, mas sejam capazes de reconhecer e aceitar a presença e a acção do Espírito de Deus através de tantas pessoas boas que não pertencem à instituição Igreja, mas que são sinais vivos do amor de Deus no meio do mundo. I Leitura (Nm 11,25-29) A primeira leitura, recorrendo a um episódio da marcha do Povo de Deus pelo deserto, ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer e sobre quem quer, sem estar limitado por regras, por interesses pessoais ou por privilégios de grupo. O verdadeiro crente é aquele que, como Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê acontecer à sua volta. II Leitura (Tg 5,1-6) A segunda leitura convida os crentes a não colocarem a sua confiança e a sua esperança nos bens materiais, pois eles são valores perecíveis e que não asseguram a vida plena para o homem. As injustiças cometidas por quem faz da acumulação dos bens materiais a finalidade da sua existência afastá-lo-ão da comunidade dos eleitos de Deus. Evangelho (Mc 9,38-43.45-47-48) No Evangelho temos uma instrução, através da qual Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se na órbita do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma comunidade que, sem arrogância, sem ciúmes, sem presunção de posse exclusiva do bem e da verdade, procura acolher, apoiar e estimular todos aqueles que actuam em favor da libertação dos irmãos; convida-os também a não excluírem da dinâmica comunitária os pequenos e os pobres; convida-os ainda a arrancarem da própria vida todos os sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino. XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM