Viver a Palavra

Evangelho de Mateus 11,16-19 Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas: tocamos flauta e não dançastes, entoamos lamentações e não batestes no peito. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? As palavras de Jesus parecem dizer que Deus fica estonteado com os nossos comportamentos: Nunca estamos contentes, sempre nos queixamos. Inclusive nos atrevemos a acusá-lo e a culpá-lo daquilo que nos incomoda. Mais: Ele vem ao nosso encontro e nos fechamos. Diante disso, o que ele poderá fazer, dado que respeita a nossa liberdade? Se não o escutamos, como Ele poderá romper a nossa surdez? Se sempre lhe dizemos não, como ele vai dobrar a nossa teimosia? Deus sempre faz a sua parte, mas se faltar a nossa, o encontro transformador não acontecerá. Palavras do Santo Padre “Vendo essas crianças que têm medo de dançar, medo de chorar, medo de tudo, que pedem segurança em tudo, penso nestes cristãos tristes que sempre criticam os pregadores da Verdade, porque têm medo de abrir a porta para o Espírito Santo. Rezemos por eles, e rezemos também por nós mesmos, a fim de que não nos tornemos cristãos tristes, que não deixam que o Espírito Santo tenha a liberdade de vir até nós através do escândalo da pregação”. Escandaliza que Deus nos fale através de homens com limites, homens pecadores: escandaliza! E escandaliza ainda mais o fato que Deus nos fale e nos salve através de um homem que se diz Filho de Deus, mas que termina como um criminoso. Aquilo escandaliza”. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 13 de dezembro de 2013)
O tempo que perdemos

É imenso o tempo que perdemos a fazer o que nos mandam. A corresponder às expectativas nunca reconhecidas, nunca suficientes e permanentemente ajustadas à realidade de alguém que nunca somos nós. Perdemos tempo a manter uma imagem de porcelana social; que nunca derreta, que nunca quebre, que nunca dê más respostas ou deixe antever qualquer réstia de má vontade. E é pouco aquilo que fazemos porque queremos. Porque gostamos ou porque nos apetece. É tanto o tempo que se perde com ninharias. Com discussões intermináveis sobre este ou aquele tema da moda que não levam a lado algum. Nem nos dizem nada ao coração. Mas fica bem saber muitas coisas. E argumentar e fazer de conta. E assim vamos gastando fatias do nosso dia com o que não interessa e com quem interessa pouco. É tanto o tempo que se perde a comprar coisas que ninguém vai usar. Em filas e em embrulhos com o papel igual. E a pobreza lá fora continua. E quem não tem casa continua a não ter. E quem não consegue pagar as contas continua a não conseguir. Mas vale tudo no reino do faz de conta. E até podemos nem ter amanhã se pudermos comprar hoje. Passou o dia todo e amanhã repete-se tudo. Como naqueles filmes em que já todos sabemos o final, mas, ainda assim, é como se não soubéssemos. Sobra-nos pouco do que somos quando o dia acaba. Mas pelo menos aparecemos impecáveis, com um sorriso que se pendura para agradar e com menos três quilos de paciência. Sobramo-nos pouco ao final do dia e, tantas vezes, já nem sabemos quem somos. São tantos os que nos pedem tudo e nunca somos nós a pedir. Que saibamos dizer chega. E agora acabou. E quem manda em mim sou eu. Porque não há nada tão urgente que não possa ficar para amanhã. Quem muito se adia um dia deixa de fazer parte na equação mais importante: Na sua. (© iMissio)
Viver a Palavra

Evangelho de Lucas 1,39-47 Hoje celebramos a festa de nossa Senhora de Guadalupe. Diante de sua prima Izabel, Maria entusiasmada vai contando as maravilhas que se realizam nela e diz: Meu espírito se alegra em Deus, meu salvador. Como viver esse Evangelho no dia de hoje? O louvor de Maria pode ser o nosso. Ela reconhece a sua pequenez e se dá conta da forte ação de Deus em sua vida. Reconhecer a ação de Deus sempre causa alegria. Perceba ao seu redor a mãe divina, a ação potente de Deus. Veja as pessoas do seu convívio: seus familiares, filhos, esposo/esposa… perceba como Deus está agindo neles e na sua vida e louve a Deus! Palavras do Santo Padre Esta é a grandeza de João, um grande, o último desta multidão de crentes que começou com Abraão, aquele que prega a conversão, que não usa meios-termos para condenar os soberbos, que no final da vida se permite duvidar. Este é um bom programa de vida cristã. (…) Peçamos a João a graça da coragem apostólica de dizer sempre tudo com verdade; do amor pastoral, ou seja, de receber as pessoas com o pouco que podem dar, o primeiro passo. Deus fará o resto. Que o grande João, que é o mais pequenino no reino dos Céus e por isso é grande, nos ajude neste caminho nos passos do Senhor. (Homilia na Capela da Casa Santa Marta, 15 de dezembro de 2016)
O cristão deve irradiar esperança, ser semeador de esperança

Na audiência geral desta quarta-feira (11/12), o Santo Padre encerrou a série de catequeses sobre o Espírito Santo e a Igreja, dedicando a última reflexão ao título dado a todo o ciclo: “O Espírito e a Esposa. O Espírito Santo guia o Povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança”. O Pontífice explicou que este título refere-se a um dos últimos versículos da Bíblia, no livro do Apocalipse, que diz: “O Espírito e a Esposa dizem: Vem!” (Ap 22,17). A quem se dirige esta invocação? – perguntou. Ao Cristo ressuscitado. Com efeito, tanto São Paulo (1Cor 16,22) como a Didaqué, um escrito dos tempos apostólicos, atestam que nas reuniões litúrgicas dos primeiros cristãos ressoava em voz alta o grito “Maranata!”, que significa “Senhor, vem!” em aramaico. Uma oração a Cristo para que venha, acrescentou Francisco: Naquela fase mais antiga a invocação tinha um fundo a que hoje diríamos escatológico. Com efeito, exprimia a ardente expetativa do regresso glorioso do Senhor. E este grito e a expetativa que ele exprime nunca morreram na Igreja. Ainda hoje, na Missa, imediatamente após a consagração, ela proclama a morte e ressurreição de Cristo “Vinde, Senhor Jesus!”. A Igreja está à espera da vinda do Senhor. Cristo e o Espírito são inseparáveis Mas a expectativa da vinda final de Cristo, observou o Papa, não permaneceu a única. A ela juntou-se também a expetativa da sua vinda contínua na situação presente e peregrinante da Igreja. E é nesta vinda que a Igreja pensa sobretudo quando, animada pelo Espírito Santo, clama a Jesus: “Vinde!” Ocorreu uma mudança – ou melhor, digamos, um desenvolvimento – pleno de significado em relação ao grito “Vinde!”, “Vinde Senhor!” Geralmente não é dirigido apenas a Cristo, mas também ao próprio Espírito Santo! Aquele que grita agora é também Aquele a quem se grita. “Vinde!” é a invocação com que começam quase todos os hinos e orações da Igreja dirigidos ao Espírito Santo: “Vinde, Espírito Santo”, dizemos no Veni Creator, e “Vinde, Santo Espírito”, “Veni Sancte Spiritus”, na sequência do Pentecostes; e assim em muitas outras orações. É certo que assim seja, porque, depois da Ressurreição, o Espírito Santo é o verdadeiro “alter ego” de Cristo, Aquele que toma o seu lugar, que o torna presente e atuante na Igreja. É Ele que “anunciar-vos-á as coisas que virão” (ver Jo 16,13) e nos faz desejá-las e esperá-las. É por isso que Cristo e o Espírito são inseparáveis, mesmo na economia da salvação. A esperança não é uma palavra vã O Papa acrescentou que o Espírito Santo é a fonte sempre jorrante da esperança cristã. São Paulo deixou-nos estas preciosas palavras, assim diz São Paulo: “O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!”. Se a Igreja é um barco, o Espírito Santo é a vela que o empurra e o faz avançar no mar da história, hoje como no passado! A esperança não é uma palavra vã, nem o nosso vago desejo de que tudo corra bem: a esperança é uma certeza, porque assenta na fidelidade de Deus às suas promessas. E por isso se chama virtude teologal: porque é infundida por Deus e tem Deus como garante. Não é uma virtude passiva, que simplesmente espera que as coisas aconteçam. É uma virtude supremamente ativa que ajuda a fazê-las acontecer. Alguém que lutou pela libertação dos pobres escreveu estas palavras: “O Espírito Santo está na origem do grito dos pobres. É a força dada àqueles que não têm forças. Ele lidera a luta pela emancipação e pela plena realização do povo dos oprimidos”. Esperança, dom mais belo que a Igreja pode dar à humanidade O cristão não pode contentar-se em ter esperança; deve também irradiar esperança, ser semeador de esperança. É o dom mais belo que a Igreja pode dar a toda a humanidade, sobretudo nos momentos em que tudo parece levar-nos a baixar as velas. Queridos irmãos e irmãs, concluiu o Pontífice, o Espírito ajude-nos sempre a “abundar em esperança pela virtude do Espírito Santo”!
Bênção das Grávidas

A celebração da Bênção das Grávidas na Paróquia de S. Salvador de Ramalde será no próximo Domingo, dia 15, na Eucaristia Dominical das 18H30.