Dia Mundial dos Pobres

Realizou-se no dia 3 de Outubro a primeira sessão da Escola da Fé, na qual estiveram presentes um bom número de paroquianos, sendo que seis deles participaram pela primeira vez.
O tema da sessão foi “O Dia Mundial dos Pobres”, dia que foi instituído pelo Papa Francisco, através da carta Apostólica“ Misericordia et misere”, documento que assinalou o termo do Jubileu da Misericórdia.
Este dia será celebrado em toda a Igreja no penúltimo domingo do Tempo Comum, o XXXIII, e, como salientou o Papa, vai ajudar as comunidades e cada baptizado a reflectir como a pobreza está no âmago do Evangelho e tomar consciência de que não poderá haver justiça nem paz social enquanto Lázaro jazer à porta da nossa casa (cf. Lc 16, 19-21).

A mensagem do Papa para o I Dia Mundial dos Pobres, que tem como título «Não amemos com palavras, mas com obras», foi o objecto da reflexão efectuada nesta sessão.

O sentido de a Igreja comemorar este dia é o de trazer à memória colectiva os pobres e chamar à atenção para a sua situação no mundo de hoje e, paralelamente, sensibilizar os cristãos para que vivam a essência do Evangelho e a sociedade em geral para que haja políticas económicas e sociais que se destinem a proteger os mais necessitados.

A preocupação pelos mais necessitados atravessa todo o Evangelho. São imensas as passagens evangélicas que demonstram o cuidado especial que sempre houve pelos pobres.
No Antigo Testamento podemos encontrar leis que se destinavam especificamente a proteger os mais necessitados, nomeadamente a do perdão das dividas de 7 em 7 anos (Ex 21,2-6; Lv 25,2-7), a da proibição da cobrança de juros (Lv 25, 37) e também muitas passagens que relatam a intervenção dos profetas a denunciar a exploração dos pobres e as desigualdades sociais.
No Novo Testamento temos no Ministério de Jesus Cristo a forma mais expressiva da preocupação pelos mais necessitados: os pobres, os oprimidos, os doentes e os marginalizados.
O exemplo de Jesus foi seguido pelas primeiras comunidades cristãs que, conforme relato dos Actos dos Apóstolos (At 2,45- 6,2-5), tomaram acções concretas para apoiar e proteger os mais pobres.

Embora a Igreja, ao longo dos tempos, nem sempre tenha respondido ao apelo do Evangelho e à sua missão de estar ao serviço dos pobres, são muitos os exemplos de cristãos que dedicaram a sua vida ao serviço dos mais necessitados. São exemplo disso São Francisco de Assis e Santa Madre Teresa de Calcutá, entre muitos outros.
Como costuma dizer o Papa Francisco, a Igreja deve caminhar no sentido de se identificar com os pobres, de ser “uma Igreja pobre para os pobres”.

Na sua mensagem, o Papa, além de fazer advertências e críticas, interpela-nos a todos, mormente aos cristãos, e convida-nos a acolher os pobres com amor fraterno. Por isso, o Papa convida “a Igreja inteira e os homens e mulheres de boa vontade a fixar o olhar, neste dia, em todos aqueles que estendem as suas mãos invocando ajuda e pedindo a nossa solidariedade. São nossos irmãos e irmãs, criados e amados pelo único Pai celeste. Este Dia pretende estimular, em primeiro lugar, os crentes, para que reajam à cultura do descarte e do desperdício, assumindo a cultura do encontro.”

Foram colocadas, no final da sessão, as seguintes questões para reflexão:

Que resposta podemos dar aos desafios que o Papa Francisco nos coloca?
O que podemos fazer para melhorar a vida dos nossos irmãos mais necessitados?
O que poderá ser feito para que este dia seja um momento marcante na vida da nossa comunidade?

No dia 7 de Novembro, dia em que se realizará a próxima sessão, será desenvolvido o tema da CARIDADE.

APRESENTAÇÃO DA SESSÃO DE OUTUBRO