Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe.

Resumo da sessão de Abril, cujo tema foi “Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe”

Conhecer Maria, a Nossa Senhora, muitas vezes invocada por diversos títulos, que têm origem na devoção popular, é compreender o seu singular papel na economia da Salvação.
Nos Evangelhos, Maria aparece de forma discreta, o que se compreende, porquanto a finalidade dos evangelistas era a de relatar a vida de Jesus Cristo. No entanto, através da Mariologia, que é a parte da Teologia que tem a Maria de Nazaré como objecto, é possível conhecer melhor a figura de Maria, a sua relação com o mistério de Jesus Cristo e a sua participação na História da Salvação.

Na Sagrada Escritura, Maria é prefigurada no Antigo Testamento, particularmente quando em Isaías é anunciado que uma jovem dará à luz um filho e há de dar-lhe o nome de Emanuel, e referida no Novo Testamento em diversas passagens de Lucas e João, destacando-se, entre outras, as que relatam a fuga para o Egipto, a ida ao Templo com o Menino para cumprir com a lei, a acção de Maria nas bodas de Caná e a sua presença no caminho do Calvário e aos pés da Cruz.

Maria acolhe o anúncio de sua vocação e pelo seu “sim” incondicional à Palavra de Deus- eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra – permite pela acção do Espírito Santo a Encarnação do Filho de Deus.
Depois disso, Maria viveu todos os momentos da vida de Jesus de uma forma humilde, discreta, silenciosa e, em algumas circunstâncias, com muito sofrimento. Ela esteve presente desde o início do Ministério de Jesus, nas bodas de Caná, até ao fim, na Paixão e Morte.

No momento em que Jesus estava para morrer na Cruz entregou a sua Mãe ao discípulo, que aqui representa toda a humanidade, dizendo “eis a tua Mãe”. Por meio deste gesto, que tem o valor de um testamento, é oferecido a toda a humanidade uma Mãe. E desde aquele momento, Maria, a Mãe de Deus, tornou-se a nossa Mãe.
Também, por ser a Mãe de Cristo, Cabeça da Igreja, que é corpo místico de Cristo, Maria é a Mãe da Igreja.

No conjunto de dogmas proclamadas pela Igreja, há quatro que se referem especificamente a Nossa Senhora: Mãe de Deus, a virgindade de Maria, a Imaculada Conceição e a Assunção.
Embora desde os primeiros anos do cristianismo que Maria era chamada de “Theotokos”, designação grega que significava “portadora de Deus”, Mãe de Deus, só no ano de 463, no Concílio de Éfeso, é que foi declarado o dogma da Mãe de Deus.
Dada a forma como Maria concebeu, por acção do Espírito Santo, o concílio de Latrão, realizado no ano de 649, declarou o dogma da virgindade de Maria.
Quanto ao título de Imaculada, fundamentado no facto de a Igreja reconhecer que Maria foi preservada de toda a mancha de pecado, um privilégio divino por ter gerado Jesus em seu ventre, apenas foi declarado dogma em 8 de Dezembro de 1854.
Por último, o mais recente dogma mariano, o da Assunção, pelo qual a Igreja afirma que Maria foi assumpta em corpo e alma à glória celeste, foi proclamado no ano de 1950, não obstante a devoção a Nossa Senhora da Assunção ser já uma prática popular desde os primeiros séculos.
Entenda-se como dogma, uma verdade revelada por Deus e proposta pela Igreja como caminho de fé.

O culto mariano remonta aos primeiros séculos. São dele exemplo o grande numero de Igrejas ou Catedrais dedicadas à Nossa Senhora, que mostram a devoção a Maria, as diversas orações marianas e as festas populares em Sua honra.

O papel de Maria na História da Salvação não terminou com a sua Assunção, antes pelo contrário, como nossa Mãe continua a amar todos os seus filhos e está agora num local privilegiado para interceder por eles junto de Deus. Contudo, não podem existir equívocos quanto ao lugar que ocupa Maria na vida cristã. Não há dúvidas de que os cristãos devem seguir o seu exemplo de fé e o seu modelo de discipulado e missão, mas, ao mesmo tempo, devem ter bem presente de que, em nenhuma circunstância, Maria substitui Jesus, pois Ele é que é o único mediador entre Deus e os homens.

Embora no mês de Maio somente esteja programada a participação na Oração do Terço, foi decidido realizar uma sessão, no dia 2, às 22 horas, com o objectivo de ser efectuada uma reflexão sobre as Aparições em Fátima.

APRESENTAÇÃO DA SESSÃO DE ABRIL