Sacramento da Reconciliação Penitencial

Na sessão de Março da Escola da Fé foi desenvolvido o tema “O Sacramento da Reconciliação Penitencial”.

RESUMO DA SESSÃO

A sessão iniciou-se com a proclamação do Salmo 51, tradicionalmente conhecido por “Miserere”, um dos “salmos penitenciais” que fala do reconhecimento e arrependimento pelo pecado e da misericórdia de Deus.

Jesus Cristo, que sempre condenou o pecado e não os pecadores, exerceu durante a sua vida o poder de perdoar os pecados. É esse mesmo poder que foi confiado aos apóstolos no Domingo da Sua Ressurreição, quando lhes apareceu e disse “A paz seja convosco, assim como o Pai me enviou também Eu vos envio a vós (…) recebei o Espírito Santo. Aqueles àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos”.

A missão que Jesus confia aos seus apóstolos, torna evidente que o ministério de Cristo, no que concerne ao perdão dos pecados e à libertação dos outros, deve ser continuado na Igreja.

O Sacramento da Reconciliação encontra-se, actualmente, em crise, sendo, por isso, importante uma reflexão sobre as principais razões que contribuem para o afastamento dos fiéis deste sacramento.

– Perda de consciência do pecado;

– Não há alegria em ser perdoado;

– Muito embaraçante para o penitente;

– Pouca disponibilidade do clero;

– Compreendido como um simples vazadouro de pecados e não com o início de uma vida nova;

– Dificuldade de muitos fiéis compreenderem a mediação sacerdotal;

– Centralização no pecado e não na reconciliação com Deus.

Por um lado, há a perda do sentido do mal e do pecado e, por outro, a celebração do Sacramento não é compreendido nem sempre traduz a dimensão do encontro do penitente com Cristo.

Este sacramento tem uma relação com o Baptismo, uma vez que através dele obtemos o perdão de todos os nossos pecados e retomamos a comunhão com Deus e os irmãos, ou seja, regressamos à graça baptismal.

Por este sacramento o penitente é conduzido ao reconhecimento da sua culpa e da sua fragilidade a um amor a Deus e aos irmãos e, pela acção sacramental da Igreja, empreende o caminho da conversão.

Um exame de consciência lógico e não apenas dotado de razão, um arrependimento pelos pecados cometidos e uma vontade de conversão, são disposições necessárias para que o sacramento manifeste em cada penitente as graças que comunica.

Dado o interesse manifestado por este tema, foi decidido continuá-lo na próxima sessão, que se realizará no dia 5 de Abril.