Na festa litúrgica de Todos os Santos, a Igreja celebra a Santidade de Deus que se manifesta nos seus filhos.
E os que acolheram e expressaram a Santidade de Deus não são apenas aqueles que foram oficialmente beatificados ou canonizados e estão nos calendários litúrgicos, mas também uma incontável multidão anónima que, durante a sua peregrinação terrena, percorreram igualmente os caminhos de santidade.
Na verdade, os Santos são todos aqueles que, na sua peregrinação sobre a terra, fizeram tudo por Amor a Deus e aos irmãos, vivendo incondicionalmente o grande mandamento do Amor deixado por Jesus Cristo, sendo, por isso, exemplos concretos de fidelidade aos propósitos de Deus e testemunhas credíveis do Evangelho no mundo. Eles são o mais eloquente modelo para os que ainda peregrinamos com a esperança de, um dia, também fazermos parte da Igreja Triunfante, ou seja, daquela multidão que já se encontra salva e vive a alegria indescritível de estar na presença de Deus.
Ao comemorarmos os que nos precederam no caminho da Pátria Celestial e já estão na glória de Deus, deve-nos também consciencializar de que todos somos chamados por Deus à santidade – “Sede santos, porque Eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo” (Lv 19, 2) – e que este desígnio de Deus pode ser alcançado por cada um de nós se conseguirmos seguir fielmente o programa de vida cristã que Jesus Cristo nos propõe nas Bem-aventuranças.