Viver a Palavra

Evangelho de João 21,1-14
Depois de uma noite inteira sem pescar nada, ao amanhecer, os discípulos viram Jesus às margens do lago. Moços, lançai a rede à direita da barca! Eles obedeceram. E pegaram uma grande quantidade de peixes. Então, um deles disse a Pedro: é o Senhor!

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Façamos igual aquele discípulo: reconheçamos Jesus ao nosso lado nos momentos sombrios, de fracassos, de ausência de saúde e repitamos constantemente: é o Senhor! Quando a pesca é grande, a família vai bem, o emprego garante o pão: é o Senhor! O sorriso dos filhos: é o Senhor! A roda dos amigos: é o Senhor! A gratidão em todos os momentos é uma das mais lindas orações que brota do coração reconhecido! É o Senhor que caminha conosco!

PALAVRAS DO SANTO PADRE

Os discípulos confiaram em Jesus e o resultado foi uma pesca incrivelmente abundante. A este ponto João, dirigindo-se a Pedro, diz: «É o Senhor!» (v. 7). Imediatamente Pedro lança-se à água e nada até à margem, na direção de Jesus. Naquela exclamação: «É o Senhor!», há todo o entusiasmo da fé pascal, cheia de alegria e de admiração, que contrasta em grande medida com a desorientação, o desânimo, o sentido de impotência que se tinham acumulado no ânimo dos discípulos. A presença de Jesus ressuscitado transforma todas as coisas: a escuridão é vencida pela luz, o trabalho inútil torna-se de novo frutuoso e prometedor, o sentido de cansaço e de abandono deixa lugar a um novo impulso e à certeza de que Ele está conosco. A partir de então, estes mesmos sentimentos animam a Igreja, a Comunidade do Ressuscitado. Todos nós somos a comunidade do Ressuscitado! Se por vezes, à primeira impressão, pode parecer que as trevas do mal e a fadiga do dia a dia têm a supremacia, a Igreja sabe com certeza que sobre quantos seguem o Senhor Jesus já resplandece a luz da Páscoa que não conhece ocaso. O grande anúncio da Ressurreição infunde nos corações dos crentes uma alegria íntima e uma esperança invencível. Verdadeiramente Cristo ressuscitou! (Regina Caeli de 10 de abril de 2016)