Viver a Palavra

Evangelho de Marcos 7,1-13.

Os fariseus questionaram os discípulos de Jesus por comerem pão sem lavar as mãos, não seguindo a tradição dos antigos. Jesus lhes respondeu citando o profeta Isaías: vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens. Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim.

Como viver esse Evangelho no dia de hoje?

Jesus conhece o coração do ser humano e sabe que, muitas vezes, nos apegamos a miudezas e deixamos de lado o essencial. O ser humano valoriza o externo, a aparência Deus vê o interior e as intenções do coração. Diante de Deus vale muito a sinceridade de coração. Pense nisso!

PALAVRAS DO SANTO PADRE

A distância entre o dizer e o fazer. A estes mestres de Israel, que pretendem ensinar aos outros a Palavra de Deus e ser respeitados como autoridades do Templo, Jesus contesta a duplicidade da vida deles: pregam uma coisa, mas vivem outra. Estas palavras de Jesus recordam as dos profetas, especialmente de Isaías: «Este povo aproxima-se de mim só com a boca e honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim» (Is 29, 13). É este o perigo a que devemos estar atentos: a duplicidade de coração. Também nós corremos este perigo: esta duplicidade de coração que põe em causa a autenticidade do nosso testemunho e também a nossa credibilidade como pessoas e como cristãos. Irmãos e irmãs, aceitando esta advertência de Jesus, perguntemo-nos também a nós mesmos: procuramos praticar o que pregamos, ou vivemos na duplicidade? Preocupamo-nos apenas em mostrar-nos impecáveis por fora, pintados, ou cuidamos da nossa vida interior com sinceridade de coração? (Angelus de 5 de novembro de 2023)